Os 5 melhores pavilhões nacionais na Bienal de Veneza

por Julia Lima

Tempo de leitura estimado: 3 minutos

O ARTEQUEACONTECE está em Veneza para cobrir em primeira mão a abertura da 58a Bienal de Veneza! Entre as visitas à mostra, que ocupa os espaços do Arsenale e Giardini, encontramos diversos pavilhões e espaços pela cidade que trazem exposições organizadas por representações nacionais – mais de 80 países participam desta edição da Bienal, incluindo os estreantes Gana, Madagascar, Malásia e Paquistão.

Inspirados pela incrível variedade de projetos, artistas e mostras, o AQA preparou uma lista com as participações nacionais imperdíveis para quem estiver em Veneza ou para quem quiser ficar por dentro de tudo que acontece por lá!

 

1. Gana

Em sua estréia, o Pavilhão de Gana trouxe um dos melhores projetos vistos nessa Bienal. Os artistas selecionados pela curadora Nana Ofosuaa Oforiatta Ayim foram: Felicia Abban, John Akomfrah, El Anatsui, Lynette Yiadom Boakye, Ibrahim Mahama e Selasi Awusi Sosu. Mahama, por exemplo, foi um dos destaques da curadoria na Bienal de 2017, assim como El Anatsui, na edição de 2015. Localizada na Artiglierie, no Arsenale da Bienal, a exposição tem como título “Ghana Freedom” e articula obras antigas e inéditas de alguns dos nomes mais importantes do cenário artístico do país que exploram ideias históricas e culturais em diferentes suportes.

 

2. Grã Bretanha

Sendo um dos pavilhões mais antigos nos Giardini da Biennale, a Grã-Bretanha sempre esforça-se para levar projetos ambiciosos – como foi o caso das gigantes instalações escultóricas de Phyllida Barlow em 2017, ou da belíssima ocupação de Sarah Lucas em 2015. Este ano, os britânicos apresentam uma individual de outra escultora, Cathy Wilkes, que traz esculturas e instalações no chão da galeria, além de pinturas e gravuras. A mostra é banhada por luz natural e os trabalhos, em diferentes suportes e meios, ganham uma aura mais sutil, quase desmaterializados.

 

3. Estados Unidos

O pavilhão dos Estados Unidos traz mais uma mostra individual de um artista negro, seguindo-se à exposição de Mark Bradford em 2017. Martin Puryear, reconhecido por sua linguagem visual singular, traz esculturas dentro e fora do espaço, criou uma série de trabalhos inéditos para esta ocupação que, apesar do impacto menos profundo em comparação à edição passada, ganham força e potência dentro do pavilhão. A mostra foi organizada pela diretora e pelo curador do Madison Square Park Conservacy – é a primeira vez que uma instituição que tem como foco a arte pública realiza um projeto na galeria americana.

 

4. Suíça

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O pavilhão Suíço, localizado no Giardini, traz uma obra inédita com vídeo e performance da dupla Pauline Boudry e Renate Lorenz. A mostra, intitulada “Moving Backwards”, toma como mote o ato de andar para trás como uma metáfora para os retrocessos políticos e sociais que estamos testemunhando no mundo hoje. Com curadoria de Charlotte Laubard, o duo elaborou uma instalação imersiva que transformou a arquitetura do espaço, evocando práticas de resistência, técnicas de guerrilha, coreografia e dança urbana, assim como elementos da cultura queer.

 

5. Brasil

Bárbara Wagner e Benjamin de Burca vem desenvolvendo trabalhos em vídeo há bastante tempo, explorando culturas locais e regionais brasileiras e, mais recentemente, também pesquisando e aprofundando-se em movimentos culturais em países onde são convidados a trabalhar. No pavilhão brasileiro na Bienal, localizado no Giardini, a dupla apresenta “Swinguerra”, uma vídeo-instalação acompanhada por um conjunto de fotos. O trabalho foi realizado a partir da “swingueira”, mistura de música e dança que marca a atividade de grupos pernambucanos que se reúnem pela cidade para ensaiar e dançar coreografias a partir de ritmos brasileiros – samba, pagode, funk. O vídeo é apresentado em dois canais, como se os grupos estivessem competindo entre si, dois lados da partida. É preciso assistir um e depois o outro para ter a compreensão completa da obra. 

 

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