15 artistas LGBTQI+s que fazem o momento

Neste Mês do Orgulho LGBTQI+, o AQA apresenta para você alguns artistas que abordam a temática em seus trabalhos, seja reforçando o amor, denunciando as opressões ou lutando por direitos

Tempo de leitura estimado: 6 minutos

Estamos em junho, que é o Mês do Orgulho LGBTQI+! Ao longo dos últimos dias, preparamos uma série de conteúdos para as nossas plataformas digitais que falam sobre visibilidade e luta. O mês é uma extensão do dia 28 de junho, uma data que é lembrada mundialmente, marcada por um episódio ocorrido em Nova Iorque, em 1969, que ficou conhecido como a Revolta de Stonewall. 

Preparamos aqui uma lista de artistas que vêm abrindo diálogos com o mundo sobre as questões LGBTQI+ por meio de seus trabalhos artísticos, educando o público e denunciando a opressão vivida pela comunidade, resistindo ao processo discriminatório de apagamento e lutando por seus direitos.

Chris E. Vargas

Chris E. Vargas é um artista interdisciplinar e videomaker. Ele criou tem em seu currículo nada menos do que o fato de ser o criador do Museum of Transgender Hirstory & Art (MOTHA), um museu imaginário que “funciona” desde 2013. Ele comporta eventos, programas e exposições autônomas temporários. A instituição se coloca sempre como “em construção”, questionando como uma história de indivíduos, comunidades e cultura transgêneros pode ser organizada.

Chiachio & Giannone

O casal de artistas argentinos, que também formam um duo artístico, Leo e Daniel vivem e trabalham em Buenos Aires. Eles já apareceram anteriormente aqui no AQA nos trazendo sua seleção especial de músicas no Playlist AQA! Eles trabalham juntos artisticamente desde 2003 e a primeira obra que fizeram juntos se chama Hechizo. Embora vistos de longe seus trabalhos pareçam belas pinturas coloridas, eles são na verdade bordados, construindo minuciosamente incríveis figuras muito precisas! Seus trabalhos são um tanto autobiográficos, retratando a família que constituíram juntos, incluindo sua família (o que inclui seus pets!) para as peças que criam.

Uýra

Elementar (A última floresta. – Terra pelada), 2018. FOTO: Matheus Belém/Cortesia do artista

Artista visual de origem indígena, Uýra é formada em Biologia e mestre em Ecologia, atuando com arte educação em comunidades ribeirinhas. Vivendo e trabalhando em Manaus, se transforma para viver Uýra Sodoma, uma “manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais”. Em sua arte, tem seu corpo como suporte para realizar suas obras, encarnando uma árvore que anda e atravessa suas falas em fotoperformance e performance.

Sable Elyse Smith

Artista interdisciplinar, escritora e educadora, Sable Elyse Smith mora entre Nova York e Richmond. Ela trabalha com vídeo, escultura, fotografia e texto, utilizando de questões pessoais, políticas e cotidianas para falar sobre uma violência que é praticamente invisível: o perigo da violência policial contra corpos negros e queer.

Elle de Bernardini

Artista visual e bailarina nascida no Rio Grande do Sul, Elle de Bernardini fala sobre o corpo a partir de conceitos muito presentes na filosofia da sexualidade, como as questões abordadas por Paul B. Preciado. Seus trabalhos passam pela performance e pela criação de objetos, dentre outros, abrangendo uma intersecção entre questões de gênero, sexualidade, política e identidade.

Mariela Scafati 

Artista argentina, Mariela faz parte do coletivo Serigrafistas queer, que cria materiais como slogans e stencils que circulam nas marchas de orgulho LGBTQI+ nas cidades argentinas. Desde 2014, também atua como educadora em escolas, museus e centros culturais. Além de serigrafista, ela atua também como pintora e professora. A temática queer está interligada às questões sociais, políticas e econômicas de seu país em seus trabalhos.

Hannah Quinlan & Rosie Hastings

Hannah Quinlan e Rosie Hastings compõem uma dupla de artistas que vive e trabalha em Londres. Seus trabalhos incluem o “@Gaybar’, uma série de eventos que busca criar um espaço onde pessoas queer podem se reunir com mais segurança, sem terem receio da violência cotidiana contra a população LGBTQI+. Elas também trabalham com animação, instalação de vídeo, arquivo, texto e trabalhos em áudio.

Agrippina R. Manhattan

Artista, pesquisadora, professora e travesti, Agrippina nasceu e cresceu em São Gonçalo no Rio de Janeiro. A palavra, a norma, a hierarquia, o pensamento. Ela afirma que fez a escolha de seu nome nome e inventou a si mesma da mesma forma que escolhe um título para um trabalho ou encontra a tradução do que sente em uma poesia. Em trabalhos como A Bela Agrippina e Transfobia, ela ressignifica obras da história contemporânea da arte brasileira.

Kyle Dunn

Kyle Dunn é um artista que vive e trabalha em Nova Iorque. Seus trabalhos em tela em relevo borram os limites entre a escultura e a pintura. O artista aborda em suas obras a sensualidade masculina, que é muitas vezes reprimida. Ele cria um ambiente onde o homem pode expressar suas emoções e desejos usando o corpo como refletor disso.

 Alireza Shojaian

 Alireza Shojaian é um jovem artista iraniano que afirma não usar a arte como ativismo, mas sim como forma de abrir um “diálogo com o público sobre a cultura queer”. Ele deixou seu país de origem e foi viver no Líbano para poder se expressar livremente, de forma que não fosse censurado ou sofresse outras retaliações por parte da cultura ultraconservadora do Irã. Seus trabalhos circulam majoritariamente por pinturas de homens queers.

Alice Yura

Alice foi a primeira mulher transexual a expor nas principais instituições artísticas e culturais do seu estado, o Mato Grosso do Sul. Ela é graduada Artes Visuais pela UFMS e tem pós-graduação em Produção em Artes Visuais e Cultura pelo Senac. Seus trabalhos possuem uma forte ligação biográfica ligadas às questões de afeto e intimidade, do corpo, identidade e alteridade, biologia, política e sociedade. A performance tem destaque em sua produção, no entanto, a artista também realiza trabalhos em outras linguagens. 

Lucas Avendaño

Artista performático, Lukas Avendaño apresenta trabalhos que incluem representações nacionalistas mexicanas, especialmente das mulheres zapotecas de Tehuana. Ela personifica questões das muxes (transgêneros em zapoteca). Sua performance traz danças ritualísticas com passagens e intrusões autobiográficas. Ele carrega sua identidade muxe como uma questão que é ao mesmo tempo política, ética e filosófica.

Wu Tsang

Os trabalhos da artista Wu Tsang buscam colocar luz sobre narrativas que são marginalizadas, por meio de abordagens que funcionam de forma documental, mas também caminhando por entre a ficção. Ela trabalha com audiovisual e com performance, abordando questões acerca das comunidades queer e em torno da identidade transgênera.

Rafael BQueer

Nascido em Belém, no Pará, Rafael BQueer aborda em seus trabalhos as intersecções entre a o urbano, o corpo, o gênero e a identidade. Ele é um artista multidisciplinar, que transita ente a pintura, a performance, a fotografia e o vídeo. Seu trabalho mais conhecido são as pesquisas que realiza adotando a persona Uhura BQueer, uma drag queen.

Katia Sepúlveda

A artista chilena Katia Sepúlveda é agitadora do “Manifesto da insurreição trans-feminista”. Seu trabalho investiga as questões transfeministas e de mestiçagem feminista a partir da teoria decolonial. Ela iniciou sua carreira na adolescência, aos 15 anos, estudando com importantes artistas chilenos em aulas de ateliês livres.

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support