3 exposições de jovens artistas para visitar em Londres

Com a chegada da Frieze London e da Frieze Master, separamos três exposições de jovens artistas em Londres que valem a visita

Cage, 2022, Taylor Mitchell
Cage, 2022, Taylor Mitchell

Nesta quarta-feira, dia 12 de outubro, as feiras Frieze London e Frieze Masters serão inauguradas no Regent ‘s Park, em Londres. A primeira explora artistas contemporâneos com a participação de renomadas galerias de todo o mundo. Já a segunda traz um acervo de milênios e expõem peças raríssimas e históricas. Com a chegada das feiras, o cenário artsy em Londres ficou super agitado. Portanto separamos aqui algumas exposições de jovens artistas que estão acontecendo por lá e que valem a visita:

Tyler Mitchell na Gagosian 

A Glint of Possibility, 2022, Taylor Mitchell.
A Glint of Possibility, 2022, Taylor Mitchell.

O norte-americano Taylor Mitchell é mais conhecido como o jovem artista que fotografou a Beyoncé para uma das edições mais badaladas da Revista Vogue em 2018. Na época ele tinha apenas 23 anos e foi responsável pela icônica capa da cantora que foi reproduzida inúmeras vezes na internet. Mas Mitchell não é exatamente um fotógrafo de celebridade, em suas fotografias ele propõe um olhar utópico para a beleza, desejo e identidade negra. 

Na mostra intitulada Chrysalis, em cartaz na Gagosian da Davies Street, em Londres, Mitchell apresenta imagens de homens e mulheres negros em estados idílicos de repouso e lazer, seguros e inabalados por expectativas sociais. Na fotografia que dá nome à mostra, um jovem homem dorme em uma cama com cobertores envolvido pela proteção de uma tela anti mosquito. 

Andra Ursuţa na David Zwirner 

Joy Revision é o nome da primeira individual de Andra Ursuţa para a David Zwirner de Londres, mas ela já havia apresentado uma exposição na unidade de Paris, em 2021. A artista nascida na Romênia e baseada em Nova York, que está atualmente participando da 59ª Bienal de Veneza, expõe nesta mostra uma série de novos fotogramas e esculturas de cristal de chumbo com o intuito de dialogar com temáticas sensíveis que envolvem luto, mortalidade e perda. 

Trabalhando com suportes e materiais originais, a artista busca “materializar” em suas obras alguns dos ideais que fazem parte de seu processo criativo. Por exemplo, com os fotogramas, uma técnica desenvolvida por Man Ray que consiste em posicionar objetos direto sobre o papel fotográfico, a artista busca dialogar com os primórdios experimentais da fotografia. Já esculturas de cristal de chumbo, a artista conecta técnicas tradicionais como a cera-perdida à técnicas contemporâneas como modelagem digital criando objetos que apontam para uma tradição antiga de “tentar” transformações materiais com o objetivo de reviver os mortos. 

Michael Armitage e Seyni Awa Camara no White Cube 

Dandora, (Xala, Musicians), 2022, Michael Armitage
Dandora, (Xala, Musicians), 2022, Michael Armitage.

Amongst the living é o nome da mostra do artista queniano Michael Armitage que traz fotografias e trabalhos em papel produzidos nos últimos três anos entre Londres e Nairobi. O trabalho de Armitage dialoga muito com a história do Quênia evocando sempre seu passado colonial fazendo uma clara referência aos legados violentos por ele deixados. Ele também relembra em suas obras a violenta repressão que Koitalel Arap Samoei, líder espiritual e político, sofreu ao liderar uma revolução contra os colonos britânicos, trazendo o tema para a contemporaneidade e descrevendo as contradições de uma modernidade pós-colonial.

Para compor o todo da mostra, Armitage selecionou uma pequena coleção de esculturas de Sayni Awa Camara, artista senegalesa por quem nutre uma admiração, e os dispôs junto às suas obras, fazendo com que esta seja a primeira grande exposição da artista no Reino Unido.

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