45 exposições ao redor do mundo em 2024

Desde a rivalidade entre Michelangelo, Da Vinci e Rafael até o ativismo de Yoko Ono em mais de sete décadas de carreira, reunimos as principais exposições internacionais que inauguram este ano

Tempo de leitura estimado: 15 minutos
Zanele Muholi, Zazi I & II, 2019

Quem mais está vibrando de curiosidade e entusiasmo pelos próximos eventos artísticos? Então prepare-se, pois 2024 está prometendo um ano incrível! Além da super esperada Bienal de Veneza, na Itália, que terá início em abril com curadoria assinada pelo brasileiro Adriano Pedrosa, e da Manifesta, em Barcelona, Espanha, no segundo semestre, há muito mais no mundo da arte para conferir.

De Nova York a Milão, passando por Paris e Londres, as cidades mais vibrantes do globo estão se preparando para receber exposições que vão desde os clássicos modernos como Picasso e Brancusi, até os astros contemporâneos como Zanele Muholi e Tyler Mitchell. Com um leque abrangente para todos os gostos, do abstrato ao hiper-realismo, do impressionismo a performances feministas, 2024 é um convite para explorar novas perspectivas de artistas renomados como VALIE EXPORT, Judy Chicago e Anselm Kiefer, redescobrir os grandes mestres como Michelangelo e Da Vinci e, quem sabe, até encontrar uma nova paixão artística.

Não podemos deixar de notar o número crescente de exposições dedicadas a artistas mulheres que abordam temas de importância contínua, tais como gênero, raça, identidade, questões sócio-políticas e representatividade, desafiando normas sociais e sistemas opressores por meio de uma variedade de mídias. Além das artistas já citadas, destacam-se Barbara Kruger, Simone Leigh, Cindy Sherman, Kathe Kollwitz, LaToya Ruby Frazier e Joan Jonas.

Cindy Sherman, Untitled #646, 2023
VALIE EXPORT, Action Pants: Genital Panic, 1969. Foto: © Peter Hassmann, Bildrecht, Vienna 2023. Cortesia da Gallery Thaddaeus Ropac

Janeiro

Zanele Muholi no SFMoMA, São Francisco, EUA | 18/1 até 11/8

Ativista visual autodeclarada, Zanele Muholi apresenta em sua indivdual “Eye Me” fotografias de 2002 até a atualidade, junto de suas mais recentes incursões na pintura e escultura, abordando questões de identidade de gênero, representatividade e raça, enquanto destaca o trauma e a resiliência da comunidade LGBTQIA+ na África do Sul.

Cindy Sherman na Hauser & Wirth, Nova York, EUA | 18/1 até 19/3

A artista americana apresentará sua mais recente série de trabalhos, marcando seu retorno ao histórico distrito de SoHo, onde começou sua carreira na década de 1970. A exposição inclui cerca de 30 novas obras que exploram temas de representação e identidade nos meios de comunicação contemporâneos. Sherman construiu personas usando manipulação digital desde os anos 2000, refletindo sobre a fragmentação da identidade na sociedade atual.

VALIE EXPORT no C/O Berlin, Berlim, Alemanha | 27/1 até 22/5

Esta exposição celebra a carreira de VALIE EXPORT, uma das artistas mais influentes do século XX, reconhecida por desafiar corajosamente as normas sociais e modelos de comportamento com sua prática artística reflexiva e perspectiva crítica feminista. A mostra abrange obras criadas entre 1966 e 2009, destacando sua contribuição como cineasta, artista de performance e de mídia.

Barbara Kruger, FOREVER vista da instalação, Sprüth Magers, Berlin, 16 de setembro, 2017–20 de janeiro, 2018 Cortesia da artista e do Sprüth Magers Foto: Timo Ohler
Yoko Ono com a obra Glass Hammer

Fevereiro

Barbara Kruger na Serpentine Galleries, Londres, Inglaterra | 1/2 até 17/3

“Thinking of  You. I Mean Me. I Mean You.”, a primeira exposição de Kruger em Londres em mais de vinte anos, estreia a instalação “Untitled (No Comment)”, 2020, no Reino Unido, explorando a criação e o consumo de conteúdo online através de uma mistura de texto, áudio e imagens variadas, desde selfies a memes de gatos.

Alberto Giacometti na SMK – National Gallery of Denmark, Copenhagen, Dinamarca | 10/2 até 20/5

A exposição “What Meets the Eye” abrange a obra do influente artista do século XX, que foi moldada pela filosofia e pelos tumultos de duas guerras mundiais. Essa expressão artística se manifesta através de esculturas, desenhos e pinturas de Giacometti, que exploram a experiência humana e as complexidades do mundo.

Yoko Ono no Tate Modern, Londres, Inglaterra | 15/2 até 1/9

Figura proeminente na arte conceitual, performance, cinema experimental e música, Yoko Ono também é conhecida por seu ativismo, incluindo o trabalho pela paz mundial e causas ambientais. A retrospectiva “Music of the Life” abrange mais de sete décadas de sua carreira e destaca momentos-chave, incluindo seu período em Londres nos anos 1960 e 1970, onde conheceu John Lennon.

Klimt, Park at Kammer Castle, 1909
Chiara Camoni, Sister (capanna), 2022
Kimathi Donkor, Nanny of the Maroons’ Fifth Act of Mercy, 2012 © Kimathi Donkor. Courtesia do artista e Niru Ratnam, Londres. Foto: Tim Bowditch

Klimt Landscapes na Neue Galerie, Nova York, EUA | 15/2 até 6/5

A exposição destaca as paisagens idílicas de Gustav Klimt, criadas durante suas férias de verão na Áustria, refletindo a dedicação do artista à pintura paisagística e sua influência na fotografia.

Chiara Camoni no Pirelli HangarBicocca, Milão, Itália | 15/2 até 21/7

A mostra “The Architecture of Collectivity” apresenta a maior coleção de obras de Chiara Camoni, incluindo novas produções e instalações inspiradas em jardins renascentistas e anfiteatros antigos, com uma variedade de esculturas e obras que refletem coletividade e memória.

The Time is Always Now: Artists Reframe the Black Figure” na National Portrait Gallery, Londres, Inglaterra | 22/2 até 19/5

Organizada por Ekow Eshun, a exposição explora a representação da figura negra na arte contemporânea e na história da arte ocidental, destacando trabalhos de artistas da diáspora africana e abordando contextos sociais e culturais.

Giuseppe De Nittis, Il Kimono color arancio, 1883-1884. Cortesia Marco Bertoli, Modena © Arquivo Gallerie Maspes, Milão
Archibald J. Motley Jr., Black Belt, 1934

Picasso no MUDEC, Milão, Itália | 22/2 até 30/6

“Metamorphosis of the figure” busca aprofundar o diálogo entre Picasso e as influências culturais que o moldaram desde o início de sua carreira, com ênfase no estudo para “Les Demoiselles d’Avignon”. A exposição apresentará pinturas, desenhos e esculturas de renomados museus europeus dedicados ao artista.

De Nittis: Pittore della vita moderna” no Palazzo Reale, Milão, Itália | 24/2 até 30/6

Pela primeira vez, o Palazzo Reale celebra em uma exposição monográfica o talento de Giuseppe De Nittis, exibindo cerca de 90 pinturas, entre óleos e pastéis, provenientes das principais coleções públicas e privadas, italianas e estrangeiras.

“The Harlem Renaissance and Transatlantic Modernism” no The MET Museum, Nova York, EUA | 25/2 até 28/7

A exposição pioneira apresenta aproximadamente 160 obras que ressaltam o impacto dos artistas negros na formação da vida cotidiana nas novas comunidades urbanas que surgiram entre 1920 e 1940, tanto no Harlem de Nova York quanto em todo o país. Além disso, explora a contribuição desses artistas para o desenvolvimento da arte moderna internacional.

Roy Lichtenstein, Drowning Girl, 1963
Joan Jonas, still de Double Lunar Dogs, 2017
Anselm Kiefer, Engelssturz (detalhe), 2022

Março

Roy Lichtenstein no The Albertina Museum, Vienna, Austria | 8/3 até 14/7

Roy Lichtenstein, o mestre da pop art, acaba de completar 100 anos – e o Albertina Museum está celebrando o artista com uma ampla retrospectiva programada para apresentar mais de 90 pinturas, esculturas e obras gráficas.

Joan Jonas no MoMA, Nova York, EUA | 17/3 até 6/7

Joan Jonas cria obras que exploram corpos, espaço, tempo e natureza, e as apresenta em sua retrospectiva abrangente “Good Night Good Morning”, que oferece novas perspectivas sobre sua arte, acesso a materiais de arquivo e um olhar fresco sobre sua evolução artística.

Whitney Biennial 2024 no Whitney Museum, Nova York, EUA | 20/3

A 81ª Bienal do Whitney continua sua tradição desde 1932 como uma exposição pioneira, apresentando as novidades na arte americana e contando com a participação de mais de 3.600 artistas ao longo de sua história.

Anselm Kiefer na Fondazione Palazzo Strozzi, Florença, Itália |  22/3 até 21/7

O Palazzo Strozzi abriga uma grande exposição dedicada a Anselm Kiefer, um dos nomes proeminentes da arte dos séculos XX e XXI, conhecido por suas obras impactantes que exploram temas como memória, mito, guerra e existência por meio de pintura, escultura e instalação. “Fallen Angels” apresenta trabalhos históricos e novas produções de Kiefer, que se envolvem em um diálogo único com a arquitetura renascentista do local.

Joseph Beuys no Hamburger Bahnhof, Berlim, Alemanha | 22/3

A mostra “Collection presentation” apresenta um novo percurso com cerca de 15 obras do artista alemão, que incluem peças-chave como “Capital Space, 1970–1977”, além de instalações, múltiplos e ações inovadoras como “I like America and America likes Me”, proporcionando uma visão aprofundada da obra complexa de Beuys.

Paul Cézanne, Une Moderne Olympia (detalhe), entre 1873 e 1874
Constantin Brancuși escultura La Muse endormie, 1910. Foto CNAC/MNAM Dist. RMN Adam Rzepka
Käthe Kollwitz. The Mothers (Die Mütter) from War (Krieg). 1921–22

Paris 1874: Inventing Impressionism” no Musée d’Orsay, Paris, França | 26/3 até 14/7

Para marcar o 150º aniversário da primeira exposição impressionista em Paris, o Musée d’Orsay celebra com cerca de 130 obras, destacando a rebelião dos artistas como Monet e Renoir contra as convenções e o nascimento do impressionismo.

Brancusi no Centre Pompidou, Paris, França | 27/3 até 1/7

Constantin Brancusi, considerado o pai da escultura moderna, é homenageado em uma exposição que apresenta quase duzentas de suas esculturas, juntamente com fotografias, desenhos, filmes e arquivos. O destaque da exposição é a recriação do estúdio do artista, que ele mesmo projetou como um espaço para viver, criar e contemplar suas obras.

Kathe Kollwitz no MoMA, Nova York, EUA | 31/3 até 20/7

Käthe Kollwitz permaneceu comprometida com uma arte de propósito social, destacando temas como maternidade, luto e resistência, dando voz à classe trabalhadora e defendendo o ponto de vista feminino como agente poderoso para a mudança. Este ano, a artista alemã ganha sua primeira grande retrospectiva em mais de três décadas.

Willem de Kooning em seu estúdio, Nova York. Courtesia The Willem de Kooning Foundation
Caravaggio, The Martyrdom of Saint Ursula, 1610
Venuca Evanán, Las Varayuq [As varayuq] [The Varayuq], 2019

Abril

Ed Ruscha no LACMA, Los Angeles, EUA | 7/4 até 6/10

Ed Ruscha, ao longo de sua carreira, refletiu consistentemente a sociedade americana em sua arte, transformando elementos culturais, paisagens urbanas e linguagem coloquial em temas centrais. Sua primeira retrospectiva em mais de 20 anos, “ED RUSCHA / NOW THEN,” destaca sua contribuição notável para além da arte, abrangendo seus trabalhos desde sua juventude em Oklahoma até suas instalações icônicas e documentação fotográfica das ruas de Los Angeles.

Willem de Kooning na Gallerie dell’Accademia, Veneza, Itália | 17/4 até 15/9

Dedicada a um dos artistas mais influentes do século XX, e inaugurada durante a 60ª Bienal de Veneza, a mostra apresenta obras que cobrem as décadas de 1950 a 1980 e é a primeira a explorar o impacto das estadias de De Kooning na Itália, em 1959 e 1969, em seu trabalho.

The Last Caravaggio” na National Gallery, Londres, Inglaterra | 18/4 até 21/7

Sua última pintura conhecida, “The Martyrdom of Saint Ursula’, está chegando a Londres pela primeira vez em 20 anos, acompanhada de sua carta de criação e da pintura “Salome with the Head of John the Baptist”. Caravaggio trabalhou em sua última pintura em maio de 1610, dois meses antes de sua morte misteriosa, criando algumas de suas obras mais marcantes, caracterizadas por cenas com enquadramentos definidos, iluminação dramática e modelos reais.

Histórias indígenas” no Kode Art Museum, Bergen, Noruega | 26/4 até 25/8

Em exibição no MASP, em São Paulo, até 25 de fevereiro, a exposição que seguirá para o Kode Art Museum abrange diversas perspectivas das histórias indígenas da América do Sul, América do Norte, Oceania e Região Nórdica por meio da arte e das culturas visuais.

Michelangelo Buonarroti, Study for The Last Judgement, 1540
LaToya Ruby Frazier, Momme da série “The Notion of Family,” 2008. © 2023 LaToya Ruby Frazier. Courtesia da artista e da Gladstone Gallery.

Maio

Michelangelo: the last decades” no The British Museum, Londres, Inglaterra | 2/5 até 28/7

Destacando os últimos 30 anos da vida de Michelangelo em Roma, a mostra apresenta suas novas encomendas, reuniões com amigos e exibe desenhos preparatórios para o monumental afresco “Juízo Final”, pintado na parede do altar da Capela Sistina, na Cidade do Vaticano.

LaToya Ruby Frazier no MoMA, Nova York, EUA | 12/5 até 7/9

“Monuments of Solidarity” destaca a prática da artista como defensora social e conectora das classes culturais e trabalhadoras no século XXI, por meio de instalações que abordam questões relacionadas à industrialização, desigualdades de saúde e colaboração intergeracional, destacando o papel fundamental das mulheres e pessoas negras na história.

Gae Aulenti na Triennale, Milão, Itália | 22/5 até 12/1/25

Primeira retrospectiva dedicada à Gae Aulenti, uma das figuras proeminentes da arquitetura e design contemporâneo, que trabalhou em uma variedade de áreas ao longo de seus mais de 60 anos de carreira. A exposição oferece uma análise profunda de suas realizações e destaca sua abordagem singular para ver, imaginar e projetar a realidade.

Judy Chicago, In the Beginning from Birth Project (detalhe)
Simone Leigh, Martinique, 2022

Judy Chicago na Serpentine Galleries, Londres, Inglaterra | 22/5 até 1/9

Intitulada “Revelations,” a mostra destacará o foco da artista na área de desenho, explorando sua carreira de mais de sete décadas por meio de uma variedade de obras de arquivo, estudos preparatórios e esboços que revelam seu processo de trabalho e a importância do desenho como meio de expressão de seus pensamentos mais profundos, esperanças e memórias pessoais. Chicago desafiou o cenário artístico dominado por homens e se tornou uma figura influente e provocativa desde os anos 1960.

When We See Us: A Century of Black Figuration in Painting” no Kunstmuseum Basel, Basileia, Suíça| 25/5 até 27/10

Abordando como artistas africanos e de sua diáspora representaram a vida cotidiana em suas pinturas ao longo dos últimos 100 anos, Koyo Kouoh e sua equipe do Zeitz MOCAA em Cape Town conduziram uma pesquisa abrangente que resultou em uma mostra com obras de 156 artistas negros. A exposição é inspirada na minissérie da Netflix “When They See Us” [no Brasil, “Olhos que Condenam”] de Ava DuVernay, que se concentra em como a juventude negra é vista como potenciais criminosos e, portanto, como uma ameaça.

Simone Leigh no LACMA, Los Angeles, EUA | 26/5 até 20/1/25

A exposição abrange cerca de 20 anos da produção de Leigh em cerâmica, bronze, vídeo e instalação, além de obras de sua participação na Bienal de Veneza de 2022. Ao longo das últimas duas décadas, Leigh tem explorado questões de subjetividade e produção de conhecimento das mulheres negras em sua arte, referenciando processos vernaculares e artesanais da diáspora africana e formas tradicionalmente associadas à arte africana.

Tyler Mitchell, The root of all that lives
Naomi Campbell na V&A, Cortesia V&A

Junho

Tyler Mitchell no C/O Berlin, Berlim, Alemanha | 1/6 até 5/9

Ganhando destaque na moda, o jovem fotógrafo americano impulsionou uma narrativa visual de estilo, utopia e paisagem que expande as visões da vida negra. Sua primeira exposição individual na Alemanha destaca temas de autodeterminação e a beleza do cotidiano. Suas obras variam desde fotografias coloridas em Cuba a retratos nos EUA, Europa e África Ocidental, além de instalações em vídeo, esculturas e impressões em espelhos e tecidos.

NAOMI no V&A South Kensington, Londres, Inglaterra | 22/6

A primeira exposição abrangendo da extraordinária carreira da modelo Naomi Campbell celebra suas colaborações criativas, ativismo e impacto cultural de amplo alcance, por meio do trabalho de renomados estilistas e fotógrafos globais.

Francis Alÿs em colaboração com Julien Devaux e Félix Blume, Children’s Game 14, Piedra, papel o tijera, cidade do México, México, 2013. Courtesia do artista.
Allan Rohan Crite, Douglass Square will be in The Work of Art: the Federal Art Project, 1935-43

Julho – Agosto

Francis Alÿs no Barbican, Londres, Inglaterra | 27/6 até 1/9

A exposição celebra o extenso e significativo trabalho do artista radicado no México, incluindo a estreia no Reino Unido de sua série “Children’s Games”, recentemente expandida na Bienal de Veneza de 2022. A mostra também conta com um projeto específico para a galeria, envolvendo a comunidade local e oferecendo novas visões sobre sua carreira prolífica. Ao trabalhar em colaboração com comunidades locais ao redor do mundo, desde a América Latina à África do Norte e Oriente Médio, seu envolvimento com contextos transculturais opera além das narrativas dominantes centradas no Ocidente.

The Work of Art: The Federal Art Project, 1935–1943″ no Saint Louis Art Museum | 2/8 até 16/2/25

Obras significativas que refletem os esforços criativos de mais de 10.000 artistas durante a Grande Depressão são destacadas, remontando à época em que o presidente Franklin D. Roosevelt lançou o Projeto Federal de Arte como parte do New Deal. Este programa visava apoiar as artes visuais nos EUA e levou à produção de obras que decoraram espaços públicos e foram amplamente exibidas.

Instalação de Olafur Eliasson
Vincent van Gogh, Sunflowers, 1988-89

Setembro

Olafur Eliasson no MOCA, Los Angeles, EUA | 8/9 até 2/3/25

O The Geffen Contemporary no MOCA será o palco de uma nova instalação site-specific do artista islandês-dinamarquês Olafur Eliasson, programada para ser revelada no outono de 2024. Esta instalação, que reflete a longa jornada de Eliasson na exploração de temas como luz, cor, geometria e consciência ecológica, pretende interagir com as características físicas e intangíveis do espaço para abordar sentimentos de encarnação, percepção subjetiva e experiência compartilhada.

Van Gogh na National Gallery, Londres, Inglaterra | 14/9 até 19/1/25

Uma seleção das mais amadas pinturas de Van Gogh, algumas raramente exibidas ao público, está sendo reunida. Durante dois anos no sul da França, o pintor transformou seu estilo artisticamente, inspirado por poetas, escritores e outros artistas. Esse período em Arles e Saint-Rémy foi crucial em sua carreira, marcado por uma paisagem de imaginação poética e amor romântico. Destaques da exposição incluem “Noite Estrelada sobre o Ródano” e “A Casa Amarela”, além dos famosos “Girassóis” e “A Cadeira de Van Gogh”.

Frida Kahlo no Grand Palais Immersif, Paris, França | 18/9

Frida Kahlo será uma das protagonistas da cena cultural parisiense com a mostra imersiva “¡Viva La Vida!” em sua homenagem. O fio condutor é o diário de Frida Kahlo, descoberto por acaso em sua casa 20 anos após a sua morte, estabelecendo uma ligação direta entre a tumultuosa vida pessoal da artista, as suas relações com os grandes nomes do seu tempo e a sua vitalidade criativa.

Mike Kelley, Ahh…Youth! 1991
Giuseppe Penone, Essere Vento (To Be Wind)
Giuseppe Penone, Essere Vento (To Be Wind)

Outubro

Mike Kelley no Tate Modern, Londres, Inglaterra 2/10 até 9/3/25

Descubra os mundos elaborados, provocativos e imaginários criados pelo artista experimental Mike Kelley em “Ghost and Spirit”, sua primeira grande exposição no Reino Unido. A mostra abrange toda a sua carreira, entre 1970 e 2012, desde suas inovadoras esculturas “artesanais” feitas de tecido e brinquedos de pelúcia, até suas instalações multimídia, como “Day Is Done”. Ao explorar referências da cultura popular, underground, literatura e filosofia, Kelley investiga como os papéis sociais que desempenhamos se entrelaçam com fatos históricos e personagens imaginários presentes em filmes e imagens que consumimos.

Arte Povera” no Bourse de Commerce, Paris, França | 9/10 até 24/3/25

A exposição, com curadoria de Carolyn Christov-Bakargiev, busca explorar a origem e a influência global da Arte Povera, apresentando uma extensa seleção de obras dos principais artistas do movimento. Esse movimento artístico começou a ganhar forma na década de 1960, quando alguns artistas italianos passaram a expor juntos e a serem associados à denominação “Arte Povera”, termo introduzido em 1967 pelo crítico de arte e curador Germano Celant.

Francis Bacon na National Portrait Gallery, Londres, Inglaterra | 10/10 até 19/1/25

A exposição, que abrange obras a partir da década de 1950, explora a relação profunda de Francis Bacon com a retratística e sua redefinição do gênero. Ela apresenta desde suas interpretações de retratos de artistas anteriores até grandes pinturas que homenageiam amores perdidos, destacando sua história de vida por meio de obras de coleções públicas e privadas. Além dos autorretratos do artista, a mostra inclui retratos de figuras como Lucian Freud, Isabel Rawsthorne e seus amantes Peter Lacy e George Dyer.

Jean Tinguely no Pirelli HangarBicocca, Milão, Itália | 10/10 até 2/2/25

Jean Tinguely é considerado um dos maiores pioneiros da arte do século XX, que transformou radicalmente o conceito da obra de arte em si e um dos principais expoentes da arte cinética. Suas criações, movidas por motores reais, possuem uma qualidade performática, envolvendo o público com sua constante movimentação. Tinguely desafia as funções tradicionais das engrenagens, liberando a máquina da utilidade e promovendo o inesperado e o efêmero em suas obras, que muitas vezes têm um toque de humor. Esta é a maior retrospectiva na Itália desde a morte do artista, apresentando mais de trinta obras fundamentais das décadas de 1950 a 1980 em um espaço de 5000 m².

“The World of Tim Burton” no The Design Museum, Londres, Inglaterra |  25/10 até 21/4/25

A exposição convida os visitantes a explorar a estética única do artista, exibindo sua ampla produção como ilustrador, pintor, fotógrafo e autor.

Leonardo da Vinci, Virgin and Child with St Anne and the Infant St John the Baptist (‘The Burlington House Cartoon’), 1499-1500
Francisco de Zurbarán, Saint François, 1650-60

Michelangelo, Leonardo, Raphael” na Royal Academy of Arts, Londres, Inglaterra | 9/11 até 16/2/25

No início do século XVI, Michelangelo, Leonardo e Rafael, notáveis artistas do Renascimento Italiano, competiram pela atenção dos poderosos patronos em Florença. Uma exposição explora essa rivalidade, começando com a escultura “Tondo Taddei” de Michelangelo, destacando a influência de Leonardo e Michelangelo sobre o jovem Rafael e apresentando importantes exemplos de desenhos renascentistas, incluindo o “Cartum de Burlington House” de Leonardo.

Harmony and Dissonance: Orphism in Paris, 1910-30″ no Guggenheim, Nova York, EUA | 8/11 até 9/3/25

Com cerca de 100 obras a serem apresentadas na icônica rotunda do museu, esta grande exposição examinará a vibrante arte abstrata do Orfismo, abordando o impacto da dança, música, poesia e outros temas na arte.

Francisco de Zurbarán no Musée des Beaux-Arts de Lyon, Lyon, França | 5/12 até 2/3/25

Segundo a lenda franciscana, São Francisco de Assis foi “encontrado” na cripta da basílica em posição de oração pelo Papa Nicolau V. O artista espanhol Francisco de Zurbarán retratou essa imagem icônica várias vezes, e, na mostra “Zurbarán: an Icon of the Golden Age”, algumas delas estarão em exibição.

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