Aleta Valente e Eustáquio Neves: vencedores da 7ª ed. da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS

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A revista ZUM e o Instituto Moreira Salles anunciam os dois projetos ganhadores da 7ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS: Avenida Brasil 24h, de Aleta Valente, e Retrato falado, de Eustáquio Neves.

A premiação deste ano reforça o compromisso da Bolsa com a riqueza e a diversidade da produção brasileira ao contemplar uma artista emergente de Bangu, bairro de origem operária da zona Oeste carioca, que vem construindo uma carreira quase exclusivamente através das redes sociais, e um artista já consagrado pela história da fotografia brasileira que se dedica a investigar temas raciais e processos fotográficos analógicos e alternativos.

Avenida Brasil 24h, Aleta Valente

Aleta Valente propõe um processo imersivo nos motéis ao longo da Avenida Brasil para produzir uma série fotográfica que procura tornar explícitas as relações entre corpo e cidade, repouso e movimento, vida e morte ao longo da via expressa mais importante da cidade do Rio de Janeiro. O resultado será uma exposição pública ao longo da avenida.

Aleta Valente nasceu em 1986, em Bangu, Rio de Janeiro. É bacharel em História da Arte pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Artista multimídia, usa a fotografia, a performance e memes em plataformas digitais para discutir temas como a representação da classe trabalhadora, a legalização do aborto e o direito à cidade.

Retrato falado, Eustáquio Neves

A partir de descrições de parentes, de semelhanças de família e de recursos analógicos e digitais de manipulação fotográfica, Eustáquio Neves reconstruirá o retrato do avô, a quem não conheceu e de quem não há, nos álbuns da família, nenhuma imagem. O projeto aborda a escassez de fotografias de família entre os negros no Brasil, e resultará em onze imagens e um fotolivro.

Eustáquio Neves (Juatuba, Minas Gerais, 1955) mora e trabalha em Diamantina. Químico de formação e fotógrafo autodidata, recebeu o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia da Fundação Nacional de Arte em 1994 e expôs no 5º Rencontres de la Photographie Africaine, Bamako (2003) e na Bienal de São Paulo-Valência (2007). Seu trabalho, marcado pela manipulação química de negativos e cópias, aborda a identidade e memória dos afrodescendentes no Brasil.

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