Artista Aposta: Kate Manhães

Artista radicada em Campinas tem uma forte influência do figurativismo, flertando com o modernismo de certa maneira ao mesmo tempo em que mantém uma linguagem contemporânea

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“Escrevo sobre mim em terceira pessoa com o fatídico trabalho de não saber exatamente se inicio dizendo: começou a pintar aos quatro anos, cinco ou dez. Mas é exatamente na não exatidão do inicio que se percebe que seu ingresso oportuno ao mundo da criação surgiu na infância, como surge para muitos outros, a diferença impetuosa foi o fato de continuar”, escreve Kate Manhães em sua apresentação em um catálogo. A artista vive em Campinas, no interior de São Paulo, desde os seis anos de idade, mas nasceu em Engenheiro Paulo de Frontin, uma cidade localizada na região serrana do Rio de Janeiro, em 1985.

Manhães foi estudar no exterior, na Califórnia, quando teve aulas de desenho e também de aquarela com o artista Michael Giampaoli. Ela fico por lá por quase seis anos, vendendo algumas das telas que produzia para para as contas e se manter. Em sua volta, fundou o Ateliê Oráculo, que consiste em um projeto de residência artística que propõe o “encurtamento de distância entre público e artistas”. Desenvolvendo bastante pinturas, a artista realiza trabalhos impressionantes em guache sobre papel 100% algodão.

Em suas telas, Manhães denota uma forte influência do figurativismo, flertando com o modernismo de certa maneira ao mesmo tempo em que mantém uma linguagem contemporânea. Ela também atua como escritora, tendo lançado os livros infantis Ana e o Pé de Banana, O Patinho (In) Verso e Para Onde Vão os Guarda-chuvas, os quais também ilustrou com Rhelga Westin.

De acordo com Egas Francisco: “Na pintura de Manhães a evolução da linha na descrição do episodio esbarra na ilustração do coreografar as figuras semi-caricatas no grande espaço entregue ao sujeito e ao objeto na perseguição de um tema que nem sempre se define, mantendo no olhar do observador uma interrogação que não deixa de ser intrigante. (…) a pintura de Kate Manhães satura o espaço cênico de personagens e situações”.

Kate Manhães, Errantes, 2020

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