“Graver la lumière” no Musée Marmottan Monet

O Museu Marmottan Monet apresenta uma excepcional coleção de gravuras da Fundação Suíça William Cuendet & Atelier de Saint-Prex. Através de mais de uma centena de obras-primas, o visitante pode ver um conjunto do século XV ao século XXI: Dürer, Rembrandt, Piranesi, Goya, Corot, Manet, Degas, Bonnard, Vuillard. As obras dos maiores mestres serão colocadas lado a lado com criações de artistas contemporâneos. Ao receber esta exposição dedicada à história da gravura e às suas técnicas, o Museu Marmottan Monet abre as suas portas a um dos meios de comunicação que foi, desde o século XV, um dos mais populares, até ao dia em que a indústria jornalística e a fotografia vieram substituí-lo. Mas a arte do gravador é também uma das artes mais ricas em invenções sutis e surpresas. Poder interpretar os encantos da luz, exprimir todos os seus segredos, foi o esforço sempre realizado pelos gravadores para conseguir traduzir as suas nuances com apenas o par preto-e-branco. No final do século XIX, as suas reflexões sobre a reprodução da luz ecoam as abordagens de alguns pintores impressionistas para significar a sua passagem rápida e vibrante em sua pintura. Na verdade, artistas como Redon, Degas ou Monet, não foram insensíveis aos novos processos de restituição pelos cobres ou pedras dos efeitos luminosos. Uma seção especial da exposição é dedicada à heliografia, este processo de impressão que ofereceu aos fotógrafos do final do século XIX a possibilidade de gravar a luz, no momento em que o impressionismo se dedica a pintá-la.