Nathaniel Quinn na Gagosian

Nesta que é sua primeira exposição individual em Paris, Nathaniel Quinn explora a construção da memória e da percepção, fazendo referência à sua história pessoal e familiar, bem como a influências da história da arte, incluindo Giovanni Battista Moroni, Rembrandt e Francis Bacon. Ele também se baseia na elaboração da teoria da Gestalt da psicoterapeuta Suzanne Imes e na abordagem única do filósofo Gaston Bachelard em relação à ressonância psíquica do espaço físico. Trabalhando sem esboços preliminares, Quinn produz retratos compostos em óleo, giz de cera, óleo pastel, carvão, guache e pastel macio, que simulam a aparência de colagens de papel rasgado. Esses rostos e figuras híbridas são neo-dadaístas em sua aparência fragmentada, mas realistas em seus detalhes cuidadosamente pintados e efeito psicológico geral. Ao focar na natureza multifacetada da mente subconsciente, Quinn relaciona episódios-chave e indivíduos de seu passado a preocupações psicossociais mais amplas. Fazendo uso da concepção de Gestalt de Imes como uma ferramenta para compreender o eu como inerentemente multipartido e volúvel, e para navegar na lacuna entre as contradições da autoimagem internalizada e o imperativo de apresentar uma imagem externamente coerente, Quinn reúne memórias reais e episódios imaginados em novas obras, incluindo Estudo para Invader (2023). Este retrato do indivíduo que invadiu o apartamento de sua mãe em um conjunto habitacional público no lado sul de Chicago marca o início de um conjunto de obras dedicadas a explorar narrativas familiares absorvidas por Quinn na forma de testemunhos não confiáveis. Nesta exposição, Quinn mais uma vez confronta os espectadores com imagens impressionantes que consideram os constituintes muitas vezes discordantes da identidade individual por meio das lentes concomitantes da experiência subjetiva e da história cultural compartilhada.