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Roberto Magalhães na Casa Triângulo

25 março, 2023 @ 10:00 6 maio, 2023 @ 19:00

]Casa Triângulo apresenta a primeira exposição individual do artista Roberto Magalhães (Rio de Janeiro, 1940) na galeria, com curadoria de Felipe Scovino. O curador escreve: “A exposição é um sobrevoo sobre os cerca de 60 anos de trabalho de Roberto Magalhães. Sua poética se caracteriza por uma distorção do real, ou melhor dizendo, faz com que através dela percebamos o quão grotesca e paradoxalmente hilária pode ser a realidade. As formas de seus personagens, retratos, autorretratos, objetos e paisagens apresentam-se dissolvidos, estendidos, diminutos, divertidos e notoriamente fora da ordem. São cenas e personas ficcionais mas que constroem um forte laço associativo com o real. Aliás, ficção e realidade não encontram distinções muito evidentes na sua obra, pois se misturam e se complementam, como se uma se alimentasse da outra. Sua trajetória começa em 1961, quando frequenta por três meses, como aluno livre, cursos da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA). Foi lá que Roberto teve contato com o professor e artista Adir Botelho e com a xilogravura, técnica que resultou em um novo caminho para a sua produção. Em 1962, realiza sua primeira exposição, na Galeria Macunaíma. E a partir daí recebe prêmios e participa de exposições-chaves na história da arte brasileira, como Opinião 65 (1965) e Nova Objetividade Brasileira (1967). Ainda jovem, participa da IV Bienal de Paris e da VIII Bienal de São Paulo, além de várias mostras coletivas no exterior. Suas obras nesse período, como as xilogravuras aqui apresentadas, caracterizam-se por uma violência gráfica, com a presença cada vez mais substancial de seres monstruosos em um ambiente taciturno. Reflexo da tensão que se vivia naqueles tempos. […] A exposição é dividida por zonas de interesse que acompanham o artista desde o início da sua trajetória: o rosto como espaço da disfunção; o mascaramento; o misticismo (e não exatamente o surrealismo); máquinas imaginárias e suas dinâmicas absurdas; e, a arquitetura mole. […] Roberto construiu um lugar autônomo na arte brasileira, produzindo à revelia da espetacularização e de escolas que demarcassem um estilo para o seu trabalho. O riso – matéria de sua obra – se converte em deboche, muitas vezes de si mesmo, como vemos em uma larga produção de autorretratos. Se nos anos 1960 o riso era um poderoso mecanismo de reflexão sobre uma sociedade que vivia aterrorizada, nos anos 1980, quando ensaiávamos uma tentativa de democracia, o riso continuava sendo uma arma de conscientização. Aliás, qualquer comparação dessa circunstância com o tempo presente é procedente. A obra, e a galhofa, de Roberto circula, portanto, nessa corda bamba entre a tragédia e o riso, a violência e o deboche.” 

Casa Triângulo

1324 R. Estados Unidos Jardins
São Paulo, São Paulo Brasil
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