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A The Hole tem apresenta Winter Flowers, uma exposição especial de duas artistas, Caroline Larsen e Vanessa Prager. Apresentando novas pinturas a óleo de ambas as artistas, com buquês harmoniosos e abundantes e muita tinta espessa, nesta mostra, mais é mais.
Flores de inverno são necessárias, por que esperar pela primavera? A galeria é nossa estufa metafórica, aquecendo o espaço para que suas flores desabrochem nestes meses mais frios – ou talvez trazendo o calor necessário para que essas pinturas superespessas sequem! Usando sacos de pigmento a óleo com bicos de confeiteiro, Caroline Larsen espreme e aperta a tinta em montes de confeitaria, cobrindo o painel com extrusões tubulares e em forma de espiral. Nestas obras, Larsen enlouquece com os padrões xadrez, adicionando padrões psicodélicos ao fundo. Vanessa Prager, também conhecida por trabalhar com uma abundância de tinta, sua elaborada técnica de impasto constrói camadas de óleo sobre tela para criar superfícies esculturais. Esses buquês são uma extensão de sua série de retratos, sugeridos por dicas de ombros.
Enquanto ambas as artistas preenchem suas telas com vida, flores em seu auge, em plena floração e glória, na realidade essas flores estão condenadas, compartilha Larsen, vidas encurtadas e arranjadas na água para nossa alegria. Tanto Larsen quanto Prager abordam a vida – humana e floral – em suas obras, capturando o ser vivo em seu melhor e mais brilhante. Prager proporciona uma poderosa ambiguidade ao obscurecer seus recipientes. Em Masquerade, há uma silhueta quase humana na disposição, é isso um corpo ou um buquê? O trabalho de Prager muitas vezes oscila entre natureza morta e classicismo, com séries anteriores dedicadas a seres meio florais e deslumbrantes de maneira ambígua, sujeitos sem rosto substituídos por buquês. Na nova série de Larsen, também vemos figuras pela primeira vez em seus cenários florais, em Plaid with Lady with Fan Vase, uma figura de estilo dos anos 1920 renderizada em azul olha com coqueteria sobre o ombro, e em I Rather Drown Than Ask for Help, o vaso é composto por uma mulher se afogando no estilo de Roy Lichtenstein.
Uma pintura de uma flor é suscetível a uma rápida apreciação, no entanto, ambas as artistas nos proporcionam a necessidade de permanecer e realmente olhar. Desde que um arranjo floral em um vaso foi permitido como o único protagonista de uma pintura no início do século XVII na Era de Ouro Holandesa, esse gênero perdurou em muitas iterações ao longo dos movimentos e séculos. Aqui, em 2024, Larsen usa vasos Art Deco de Longwy, referências à cultura pop e vasos reinterpretados da era do Renascimento Rococó para apresentar arranjos de flores impossivelmente brilhantes e espessos contra fundos opticamente cintilantes. As If, de Larsen, é inspirada pelo videoclipe de Iggy Azalea, “Fancy”, onde Azalea se veste como Cher de “As Patricinhas de Beverly Hills”. Enquanto isso, em textura e profundidade, Prager nos oferece interpretações dinâmicas veladas, evocando motivos das pinturas de flores pós-impressionistas de Cézanne com uma nova opulência e renovação em espiral.
