Individual de Jorge Macchi evoca novas formas de acessar o etéreo

Abre amanhã, 10 de fevereiro, a exposição La estatura de la libertad, de Jorge Macchi, sexta individual do artista na Galeria Luisa Strina. Composta por obras que a um primeiro olhar podem parecer desconectadas, a mostra apresenta, no entanto, formas diferentes de acessar o imaginário de Macchi. A estatura da liberdade (em tradução livre) busca uma compreensão multidimensional dos seus temas de apreço: memória, efemeridade, eco, réplica, representação do som transparência e desintegração da imagem.

Confesión (Samsung). Jorge Macchi, 2020. — *Confesión (Samsung)*, 2020, Jorge Macchi.

O objetivo, segundo o próprio artista, é: “que se perceba um rio subterrâneo que passa por todos os objetos, embora eu não possa definir o nome desse rio”.

Jorge Macchi é natural de Buenos Aires, Argentina, e realizou seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes da capital argentina. O artista é famoso pelas desconstruções cartográficas que traz em suas obras, utilizando-se de mapas e veleiros em garrafas plásticas para conectar geografia, trajetórias e debates culturais.

Macchi explicou em entrevista para Edgardo Rudnitzky, da revista Bomb, em 2009, a utilização de uma multiplicidade de suportes, característica marcante de suas exposições: “Tem a ver com a relação específica que procuro estabelecer entre imagens e materiais. Acho que o importante deve ficar por trás da superfície e, nesse sentido, a variedade de mídias pouco importa”.