Livros AQA: Artes do corpo, corpos da arte

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Com um material selecionado que foi apresentado em um congresso internacional homônimo, que foi realizado na cidade de Ouro Preto ao final de outubro de 2019, o livro Artes do Corpo, Corpos da Arte, que é lançado neste mês pela Relicário Edições traz um material essencial para se pensar a questão do corpo na arte com base na filosofia, nas ciências sociais e nas ciências humanas de modo geral. A editora sediada em Minas Gerais têm um catálogo de livros especial que pensa a Estética e a Filosofia da Arte.

As quase 200 páginas com organização de Jacinto Lageira, Pedro Hussak e Rodrigo Duarte são dividias em três partes, compostas por artigos de pesquisadores brasileiros e também de outros países, como Argentina e França. Os textos são desenvolvidos pelos pesquisadores de forma muito sensível, pensando não apenas na questão estética, mas também em questões que permeiam a ética.

A filosofia é um elemento importantíssimo nos desenvolvimentos dados pelos autores. Pensamentos de Merleau-Ponty, Didi-Huberman, Nietzsche, Heidegger, Rousseau, Baudelaire e Deleuze, dentre outros, compõem muitos dos textos apresentados, que não se limitam a pensar apenas as artes visuais, a dança e a performance, como seria mais evidente, mas também invadem a produção poética.

O fazer artístico de Jean-Christophe Norman

Assim, a terceira e última parte do livro é dedicada especialmente ao poeta francês Benjamin Péret, que praticamente documentou a experiência corporal em seus textos surrealistas ao longo de seus anos de produção, assim como o movimento em si.

Nas artes visuais, exemplos como a obra The Green Line, de Francis Alÿs, e as produções de Jean-Christophe Norman dão o tom, especialmente em artigo de Olivier Schefer, de como a movimentação dos corpos é um ponto muito vital para o pensar e o criar artístico na arte contemporânea. Para esse texto, fica o destaque. Assim como para o artigo de Paula Fleisner, que é desenvolvido a partir da “proposta artístico-curatorial” apresentada por Cláudia Fontes na 33ª Bienal de Arte de São Paulo.

Detalhe de O pássaro lento, por Claudia Fontes, na última Bienal de SP.
Francis Alÿs, Green Line
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