MASP anuncia aquisição de 296 trabalhos de artistas mulheres

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Anna Bella Geiger
Brasil nativo/ Brasil alienígena, 1976–1977
2 de 18 cartões-postais, 10 x 15 cm (cada)

Em 2019, o MASP dedicou toda sua a programação de exposições, publicações, oficinas, cursos e palestras ao eixo temático “Histórias das mulheres, histórias feministas”. As mostras individuais incluíram as artistas Akosua Adoma Owusu, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Catarina Simão, Djanira da Motta e Silva, Gego, Jenn Nkiru, Laura Huertas Millán, Laure Prouvost, Leonor Antunes, Lina Bo Bardi e Tarsila do Amaral, além de duas coletivas, “Histórias das mulheres: artistas até 1900” e “Histórias feministas: artistas depois de 2000”.

Nesse contexto, todas as aquisições de obras do ano passado tiveram em comum o objetivo de aumentar a presença de mulheres artistas no acervo do museu. O resultado se traduz agora em 296 trabalhos de 21 artistas contemporâneas, um coletivo e artistas do século 19. São obras de Aline Motta, Ana Mazzei & Regina Parra, Anna Bella Geiger, Carolina Caycedo, EvaMarie Lindahl & Ditte Ejlerskov, Kaj Osteroth & Lydia Hamann, Leonor Antunes, Lucia Guanaes, Luiza Baldan, Lyz Parayzo, Marcela Cantuária, Ruth Buchanan, Sallisa Rosa, Santarosa Barreto, Serigrafistas Queer, Tuesday Smillie, Valeska Soares e Virgínia de Medeiros assim como mulheres (ou grupos de) artistas do Egito, Grã Bretanha, Marrocos, Império Otomano, Filipinas, Estados Unidos e Uzbequistão. Além disso, um comodato da obra “Composição (Figura só)”, 1930, de Tarsila do Amaral, possibilitou que a obra fosse agregada ao acervo do museu. Atualmente, ela é exibida em um dos cavaletes de cristal do “Acervo em Transformação”, a exposição de longa duração do MASP.

Serigrafistas Queer
El machismo mata! [O machismo mata!], 2010
Serigrafia sobre papel
Para Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, “o ano de 2019 foi extraordinário para o MASP no que diz respeito a aquisições e programação, já que tantos artistas que se identificam com o gênero feminino passaram a compor a coleção. O impacto dessas aquisições vai de encontro a missão do museu ao se tornar, cada vez mais, uma instituição inclusiva, diversa e plural”. Segundo Isabella Rjeille, curadora de “Histórias feministas: artistas depois de 2000” e responsável pela maioria das aquisições, “esse é um passo histórico para o museu rumo a uma representação menos desigual na História da Arte em nosso acervo, conhecido principalmente pelas presenças brancas, masculinas e de origem europeia”.

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