Pós-colonialidade permeia obras recentes de Thiago Martins de Melo em mostra na Millan

Em sua primeira exposição como artista representado pela galeria, com curadoria de Gunnar B Kvaran, o artista traz 19 trabalhos inéditos com “grande complexidade em termos de temas e soluções formais” soluções formais”

Thiago Martins de Melo, Jaguar Marx, 2021. Foto: Bruno Leão

Abre no próximo sábado, 9 de outubro, a primeira exposição do artista maranhense Thiago Martins de Melo na Galeria Millan, intitulada Ouroboros Sucuri. Recentemente trazido para o time de artistas representados da galeria, ele apresenta trabalhos desenvolvidos em momentos mais recentes e que se desenrolam a partir de temáticas que discutem as questões pós-coloniais.

São ao todo 19 obras inéditas que estão incorporadas a esta exposição, com curadoria do islandês Gunnar B. Kvaran, que acompanha a trajetória do artista há mais de uma década. Dentre os trabalhos estão pinturas e esculturas que trazem em suas composições tinta spray, fibra de vidro, ferro, resina de poliéster, monitores de TV, dentre outros materiais diversos. Para o curador, esta mostra coloca luz sobre “um momento no tempo da obra de um artista que se encontra em uma contínua e vigorosa trajetória. Ele abriu e ampliou seus objetos e suas abordagens pictóricas. Somos aqui confrontados com obras de grande complexidade em termos de temas e soluções formais”. 

Thiago Martins de Melo, Ouroboros Sucuri, 2021. Foto: Bruno Leão

Em seu texto curatorial, Kvaran ainda explica que a mostra é dividida em duas partes, sendo a primeira “uma seleção de trabalhos nos quais o artista revisita esse motivo da serpente, que lhe dá o título Ouroboros Sucuri”. Por sua vez, a segunda parte, apresenta “uma constelação de novas obras; esculturas e pinturas que mostram a experimentação em curso do artista no que se refere a novidades formais e narrativas inovadoras, abordando a cultura, o espiritismo, o ocultismo, os mitos e a política dentro de um discurso pós-colonial. Juntos, formam uma construção complexa, em que o espectador passa por diferentes zonas da ficção baseada na realidade. É essa fusão de signos e símbolos, religiosos e espirituais, e referências sociais e políticas da memória coletiva que carregam essas obras com a sua energia singular e que as inserem na grande tradição da pintura histórica”.

Thiago Martins de Melo: Ouroboros sucuri
Curadoria de Gunnar B. Kvaran
Data: de 9 de outubro a 6 de novembro.

Local: Galeria Millan (Rua Fradique Coutinho, 1416- Pinheiros, São Paulo, SP)

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