Roberta Tassinari

Tempo de leitura estimado: 2 minutos

Roberta Tassinari graduou-se em Comunicação Social mas sempre participou de oficinas de desenho, pintura e cerâmica. Logo depois de formar-se especializou-se em expressão gráfica, tendo em seguida ido para o Canadá estudar pintura no Emily Carr Institute of Art, Vancouver. De volta ao Brasil, começou a desenvolver sua produção e cursar o mestrado em artes visuais, além de frequentar o grupo de acompanhamento com o artista Fernando Lindote: época em que passou a expandir seu vocabulário visual e material.

Para além das pinturas, Tassinari passou a operar no espaço, com objetos e instalações tridimensionais. A cor e a materialidade dos trabalhos permaneceram elementos fundamentais, uma espécie de herança da pintura. No entanto, os trabalhos não seguiam os tradicionais parâmetros clássicos de figura e fundo, abstração, composição ou profundidade. É possível até dizer que hoje sua produção resiste aos limites de um gênero ou de um suporte.

Inicialmente lançando mão de materiais industrializados, Tassinari combinava e articulava elementos em assemblages volumétricos de tamanhos variados. Mais recentemente, a artista vem utilizando o cimento como base de sua pesquisa. A partir de moldes plásticos, ela constrói blocos (evocativos talvez da construção civil e também da história da arte e da arquitetura moderna) e experimenta com diferentes formatos e espessuras. Ao final de um processo quase laboratorial, os objetos são então retrabalhandos com encáustica, tinta polivinílica, resina, e até folhas de ouro. O resultado são “coisas” que fogem às definições categóricas da arte: oscilam entre pintura, escultura e objeto; entre abstração, paisagem e concreção geométrica.

Roberta Tassinari (Florianópolis, 1983. Vive e trabalha em São Paulo). Participou de diversos salões (Arte Londrina; Salão de Santo André; ArtePará) e residências (SVA, Nova York; FAAP, São Paulo). Entre suas principais exposições individuais estão: Trabalhos Recentes – Galeria Municipal de arte Pedro Paulo Vecchietti (Florianópolis, 2018); Híbrido – MASC – Museu de Arte de Santa Catarina (Florianópolis, 2016); Articulação – Laboratório 52 (São Paulo, 2016); Módulo Cor – O Sítio (Florianópolis, 2015); Reverbera – MAB – Museu de Arte de Blumenau (2015); Matéria: contenção e expansão – Galeria Iberê Camargo, Usina do Gasômetro (Porto Alegre, 2015). Entre as exposições coletivas em que participou destacam-se: Desterro Desaterro, curadoria Josué Mattos, Museu de Arte de Santa Catarina (Florianópolis, 2018); Elogiamos a casa que se abre a perder de vista, curadoria Mario Gioia, Galeria Bolsa de Arte (São Paulo, 2017); Atlas Abstrato, Curadoria Juliana Monachesi, Centro Cultural São Paulo (São Paulo, 2016).

Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support