Vânia Mignone tem individual na ocasião de lançamento de seu primeiro livro

Exposição em cartaz até 12 de junho na Casa Triângulo tem o livro como base e explora a trajetória da artista, trazendo também obras recentes

Vânia Mignone, Sem Título, 2021

A Casa Triângulo, localizada na região dos Jardins, em São Paulo, estenderá até o dia 12 de junho a exposição da artista Vânia Mignone que está em cartaz desde o início deste mês. A mostra é realizada por ocasião do lançamento de um novo livro da artista, o primeiro individual. Na exposição, que tem o livro como ponto de partida para sua concepção, são apresentadas obras que traçam um amplo panorama de sua trajetória, além de obras que ela produziu recentemente. A mostra conta também com uma viewing room, que você pode acessar clicando aqui.

As 17 pinturas que compõem a exposição, a décima segunda que ela realiza na galeria, nos dão uma perspectiva bastante robusta de sua produção até agora, evidenciando “o desconforto no que por nós já é conhecido e familiar”. No livro, que foi originalmente publicado em dezembro de 2020 pela Piña Cultura, a apresentação é feita pelo curador Gabriel Pérez-Barreiro, que também assina uma entrevista com a artista.

Vânia Mignone, Sem título [bienal], 2018

No texto inicial, ele chama a atenção para o uso das palavras nas obras de Mignone, que nunca são utilizadas com a finalidade de descrever a imagem: “Tais palavras servem quase como letras musicais de uma composição visual, e trazem referências que são poéticas e expansivas. Esses enunciados são parte integral do trabalho, incorporados à composição, e agem como elementos inseparáveis em nossa leitura visual da obra como um todo. As palavras não são legendas nem títulos, mas algo entre ambos, com peso físico e presença atmosférica que as tornam parte efetiva da cena em que estão”.

Nascida em Campinas, interior de São Paulo, a artista hoje vive e trabalha por lá. Por carregarem um teor que acendem “um universo infinito e particular”, suas obras revelam por muitas vezes uma sensação de solidão e isolamento, o que faz com que ela seja muitas vezes aproximada de Goeldi, quem tem como uma de suas referências. Para Agnaldo Farias, o que difere Vânia de Emilio é que o universo dela pende ao íntimo e confessional”, enquanto o dele está ligado à “crônica dos locais ermos da cidade”. Para Moacir dos Anjos, as pinturas da artista “tornam visíveis lugares submetidos à subjetividade que não são, de outra forma, discerníveis à visão”.

Vânia Mignone
Data: até 12 de junho
Local: Casa Triângulo ( R. Estados Unidos, 1324 – Jardins, São Paulo)
Mais informações: www.casatriangulo.com

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