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“A Palavra: Verso” na Nonada Zona Norte

19 novembro, 2022 @ 12:00 25 março, 2023 @ 17:00

Com o nome inspirado pela palavra que abre uma das obras fundamentais da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, a galeria Nonada ocupa dois espaços: um em Copacabana e outro em um galpão industrial na Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. A mostra inaugural reúne obras em diversos suportes e materiais de 32 artistas de várias cidades brasileiras, com pesquisas que abrangem temas atuais, entre eles racismo, questões políticas, sociais e de gênero. O texto crítico é do artista, poeta e compositor André Vargas. Na Penha, na Nonada ZN, com área de mais de 200 metros quadrados e 4,5 metros de altura, estão as obras de A Palavra: Verso, de caráter mais lírico. Entre os artistas da exposição inaugural de Nonada estão Agrippina, de São Gonçalo, Rio; Alan Oju, de Santo André, São Paulo; Allan Pinheiro, do Complexo do Alemão, Rio; Castiel Vitorino Brasileiro, de Fonte Grande, Vitória, Espírito Santo; Darks Miranda, de Fortaleza, vive no Rio; Melissa Oliveira, do Morro do Dendê, Rio; Miguel Afa, do Complexo do Alemão, Rio; Pazza Pennello,  de Odessa, Ucrânia, vive em Kiev; Renan Aguena, do Rio; Siwaju, de São Paulo, e vive no Rio; e Vika Teixeira, do Morro do Inferninho, Niterói, entre outros. Eles produzem em diversos materiais e suportes – pinturas, esculturas, fotografias, poesia, vídeos, entre outros – que percorrem várias pesquisas, discutindo temas de nosso tempo. André Vargas, em seu texto crítico, escreve sobre “A Palavra: Verso”: “Respondemos mal à medicação, porque não criamos a doença. Quem a criou segue imune e impune de seu caráter maligno. A crônica das classes é a sua consciência, e o sintoma mais comum é o vigor da poesia. (…) Num mundo que gira padrões, que sejamos a altera presença. Pois quando nos encantamos em um mundo desencantado, dando razão à loucura, nesse mundo desconcertado, arruinamos as bases de uma hegemonia, que ainda não sabe, mas agoniza engasgada com o próprio rabo.” A iniciativa da criação de Nonada é de Paulo Azeco e João Paulo Balsini, a que se juntaram os dois irmãos Ludwig e Luiz Danielian, donos da Danielian Galeria, na Gávea.  “Há uma qualidade impressionante de trabalhos feitos por artistas que não têm tanto acesso ao circuito de galerias, que trazem temas atuais, entre eles questões políticas, sociais, de racismo e gênero. Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”, comenta Paulo Azeco, graduado em Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás com pós-graduação em Métiers d’art: lesArtsAppliqué, na École Boulle, em Paris, e uma longa trajetória em galerias importantes em São Paulo. Ludwig Danielian conta que sempre desejou ter um espaço de arte no subúrbio, diferente do perfil da galeria na Gávea. Com o projeto de Paulo Azeco e João Paulo Balsini – colecionador de arte e advogado com atuação em políticas públicas – revitalizou, junto com seu irmão Luiz Danielian, a fábrica de moda praia e lingerie aberta por seu pai em 1968, e desativada há sete anos.

Nonada Zona Norte

677 Rua Conde de Agrolongo Penha
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Brasil
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