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Cildo Meireles e Bruno Baptistelli na Luisa Strina

4 fevereiro, 2023 @ 10:00 18 março, 2023 @ 19:00

Duas individuais abrem o calendário 2023 da Galeria Luisa Strina. No reino da foda (1964-1987), mostra de Cildo Meireles com curadoria de Ricardo Sardenberg, empresta o título de uma das primeiras séries de desenhos do artista, realizada aos dezessete anos de idade. Conhecido sobretudo por suas instalações, objetos e inserções de cunho conceitual, Cildo manteve uma intensa produção de desenhos e pinturas sobre papel durante o período contemplado pela exposição, que coincide com os “anos de chumbo” da ditadura militar no Brasil e com os anos de transição para a democracia. A exposição reúne dois exemplares da série No reino da foda (1965); um conjunto de obras figurativas das décadas de 1970 e 1980 em que personagens grotescos aparecem em cenas carregadas de violência e erotismo; além de obras em que o artista aborda simultaneamente a questão do espaço euclidiano e da figuração. Segundo Ricardo Sardenberg, “Raramente vistos, esses desenhos/ pinturas enfatizam o aspecto onírico-erótico da obra do artista, além do seu pendor em usar a velocidade e a urgência do desenho para criar uma das crônicas políticopolicial mais incisivas do período da ditadura militar. Entendo também que os desenhos marcam todas aquelas obras às quais associamos Cildo, principalmente as instalações. O que é o Desvio para o vermelho, sua instalação inaugural, se não uma imagem tridimensional e realista que retrata o conforto material da classe média branca urbana que ascendia no Brasil nos anos 1960 e 1970 impregnada por uma carga erótica de morte? Cildo Meireles de certa forma caminhou por cima do Portinari e do modernismo para chegar em Lygia Clark. E as instalações, em sua maioria, apresentam uma imagem do mundo contemporâneo e da história colonial, como se o artista estivesse em permanente estado de vigília.” Já 4.000 D.C. é a primeira individual de Bruno Baptistelli como mais novo artista representado pela Galeria Luisa Strina. Tomando como título a primeira linha do manifesto publicado em 1964 pelo artista conceitual surinamês-holandês Stanley Brouwn (1935-2017), Baptistelli cria um ambiente escuro em que os objetos estão imersos em um jogo de luz e sombra. 4.000 d.C. representa uma síntese das proposições desenvolvidas pelo artista nos últimos cinco anos, em que investiga os significados estéticos, linguísticos, sociais e políticos do escuro por meio do uso das ferramentas da arte conceitual e, mais recentemente, os usos e simbolismos do ouro nas culturas negras ancestrais e contemporâneas.

Luisa Strina

755 Rua Padre João Manuel Cerqueira César
São Paulo, São Paulo Brasil
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