“Free Fall” de Avery Singer na Hauser & Wirth

Com Free Fall, sua primeira exposição solo no Reino Unido, a artista americana Avery Singer reflete sobre sua experiência pessoal dos ataques terroristas de 11 de setembro nas Torres Gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova York, e explora o impacto mais amplo do trauma coletivo e da cultura de imagens e disseminação midiática em expansão. Baseada inteiramente nas memórias de infância de Singer, as obras e a intervenção arquitetônica em Free Fall são um testemunho do poder da memória – e um memorial a um momento de terror e sobrevivência.

Para a exposição, Singer criou um ambiente que replica suas memórias do interior dos escritórios do World Trade Center – espaços que ela visitava regularmente nos anos anteriores ao 11 de setembro, já que sua mãe trabalhava em ambas as torres do World Trade Center. Aqui, Singer combina as banalidades atmosféricas da vida de escritório com a especificidade arquitetônica do icônico projeto das torres de Minoru Yamasaki, criando uma instalação silenciosamente desconcertante que é parte cenário, parte escultura minimalista. Dentro desse ambiente, a artista exibe novas pinturas que aproximam o abismo entre o mundo digital anônimo e seu próprio universo interior, mesclando mundos gerados por computador criados em programas como Autodesk Maya, o mesmo software 3D usado para construir o ambiente arquitetônico imersivo da exposição baseado nas memórias de Singer.

Desde 2010, Singer tem usado a linguagem binária de programas de computador e materiais industriais para remover a marca de sua própria mão, enquanto se envolve com as grandes tradições da pintura e o legado do modernismo. As novas pinturas em grande escala em exibição em Free Fall combinam representações digitais com técnicas de aerografia manuais e digitais, máscaras líquidas e sólidas e processos de camadas complexas.