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“Poéticas do Agora” no Centro Cultural Justiça Federal

27 janeiro @ 11:00 31 março @ 19:00

Guilhermina Augusti, Atravecar Escurecer, Bandeira, 2022

Em colaboração inédita, o Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), o Consulado Geral da França e o Goethe-Institut Rio de Janeiro, no âmbito na cooperação cultural franco-alemã #JuntesnaCultura, uniram suas forças para criar um evento significativo para o circuito das artes visuais: o Edital de Residência Casa Europa, que culminará na Mostra Poéticas do Agora, com abertura marcada para o próximo dia 27 de janeiro, às 15h. A chamada pública recebeu mais de 200 inscrições de artistas visuais atuantes no estado do Rio de Janeiro. Três deles foram contemplados com bolsas de residência: Guilhermina Augusti, Loren Minzú e Tainan Cabral.  Ao longo dos últimos meses de 2023, o grupo desenvolveu projetos inéditos nos ateliês instalados na Casa Europa, prédio que abriga o Consulado da França, o Consulado da Alemanha, entre outras instituições, no Centro. Outros 16 artistas foram selecionados para participar, com os três residentes, da mostra que apresentará os resultados do projeto e será realizada nas galerias do CCJF. A exposição, dessa forma, reúne um total de 19 artistas atuantes no estado e que trabalham diferentes aspectos do universo da arte: desde o artista visual indígena Frank Baniwa, alcançando a artista francesa Marie Hego, que reside no Rio e atua como carnavalesca.

POÉTICAS DO AGORA• Mostra Edital Casa Europa apresenta um recorte atual da nova produção visual em desenvolvimento em diferentes áreas do estado, trazendo uma pluralidade de visões e expressões oriundas de diferentes setores sociais que nos constituem. Não tendo a pretensão de abarcar a totalidade das manifestações artísticas contemporâneas da região, esse recorte, entretanto, contempla aspectos novos da produção de arte que surgem e se desenvolvem em diferentes setores socioculturais: artistas que se dedicam a questões intrínsecas às favelas e periferias sociais, outros às questões de gênero, outros ainda a questões formais relativas ao universo da arte, discutindo linguagem e forma.

A mostra configura-se assim como um conjunto experimental, novo e contundente das imersões artísticas da atualidade. Reunindo diferentes linguagens, que vão dos procedimentos tradicionais, como a pintura, às práticas contemporâneas da vídeo-arte e instalação, a mostra proporciona ao visitante um panorama do pensamento estético contemporâneo, bem como das questões sociais, políticas e culturais do Brasil atual, em particular do estado do Rio de Janeiro, onde esses artistas residem e atuam.

A mostra permanecerá aberta para visitação até 31 de março, das 11h às 19h. A entrada é gratuita.

As obras

“Plantas do Baile” é uma série iniciada e aprofundada pelo artista Tainan Cabral ao longo da residência. Materiais como 10 mil bicos de lança-perfume — usualmente conhecidos como “bico verde” —, dispostos em corrente, simulam a queda das folhas de plantas trepadeiras e, em outros casos, com auxílio de hastes de sustentação, reproduzem a folhagem mais densa de palmeiras. A obra apresentada ilustra uma ideia de ambiente do baile. O título “selva do baile/baile da selva” é uma referência à natureza que inspira o trabalho do autor e, ao mesmo tempo, o nome de uma favela de Senador Camará, Zona Oeste do Rio, onde acontece um baile que é rodeado de montanhas e de natureza.

Já “Cenas de Corpo e Segredo” é uma série de videoarte iniciada por Loren Minzú no ano de 2020, com uma trilogia que inaugurou uma extensa pesquisa acerca das negociações entre a linguagem, as identidades e a instância do mistério que permeia a totalidade da vida universal. O artista apresentará duas novas cenas de um trabalho que tem a escala da urbanidade enquanto questão. As cenas V e VII expandem e adensam o pensamento da relacionabilidade dentro da arquitetura da cidade do Rio de Janeiro, evocando novas comunidades e articulações.

Em “Osram Ne Nsoromma”, Guilhermina Augusti parte da signografia Adinkra para desestruturar o arsenal da violência que se construiu historicamente, principalmente em relação às pessoas negras e/ou transexuais. Dessa reflexão surge o desejo de pensar certos signos, baseados em outra ontologia — ramo da filosofia que estuda conceitos como existência, ser, devir e realidade —, capazes de criar novas formas de interação com o mundo humano e o não-humano. Essas questões são produzidas em plataforma de serigrafia, bandeira e escrita.

Centro Cultural Justiça Federal

Avenida Rio Branco, 241 – Cinelândia
Rio de Janeiro, RJ Brasil
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