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“Tomie Ohtake dançante” no Instituto Tomie Ohtake

16 novembro, 2022 @ 11:00 19 março, 2023 @ 20:00

Nessa exposição comemorativa de 20 anos da instituição, os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes trazem novo olhar para a obra de Tomie Ohtake. Em “Tomie Ohtake Dançante”, a dupla de curadores investiga se a pintura dança, ou se é possível dançar com a pintura. Além da seleção de obras, para preparar a exposição os curadores conversaram ao longo de seis meses com coreógrafos e coreógrafas de perfis e trajetórias diversos, capazes de imergir na produção de Tomie Ohtake. Os convidados conceberam obras em diálogo com a casa e a produção de Tomie e realizaram ensaios abertos na casa-ateliê da artista. Essas peças fazem parte da exposição, e os horários e apresentações podem ser vistos no site e instagram do Instituto. Segundo os curadores, ao revisitar a obra de Tomie, encontraram ênfases plausíveis para uma abordagem do que há de dançante no seu fazer. “Em decorrência, organizamos esta exposição com 45 obras, em três atos, três ambiências que conjugam seleções de pinturas de Tomie Ohtake com recursos expográficos escolhidos para intensificar a consciência sinestésica do corpo, do espaço e do movimento que atuam na percepção da imagem pictórica”, destacam Miyada e Gomes. No primeiro ato, “Rasgos e combinações”, estão reunidas pinturas da década de 1960, quando Tomie realizava estudos com papéis coloridos retirados de revistas, convites e outros impressos, rasgados à mão e agrupados em pequenas colagens. O conjunto ressalta a recorrência de pedaços e formas que, com suas bordas tremidas, giram, ocupam diferentes posições, saltam de um lado para o outro. Os curadores ressaltam que para acompanhar o ritmo dessa coreografia, o passo do visitante no ambiente é surpreendido pela maciez do piso de espuma. Já em “Tatear a matéria sob uma penumbra”, focos iluminam pinturas criadas pelos movimentos de Tomie Ohtake com a substância pictórica. No centro desse ambiente estão as chamadas “pinturas cegas”, da década de 1960, de grande gestualidade: pinceladas feitas de olhos fechados. Compõem esse ato pinturas realizadas a partir da década de 1980, que remetem diretamente à materialidade da tinta acrílica, à solvência de seu pigmento na água. Por fim, “Planos e profundidades” é o ato de conclusão, com pinturas produzidas desde a década de 1970 até 2010. Planos pendentes do teto sucedem-se em um ritmo de diferentes alturas, larguras e distâncias. “Esse recurso remete à cenografia de Tomie Ohtake para a ópera Madame Butterfly (1983), em que simples planos de cor dispostos em profundidades distintas eram suficientes, segundo a artista, para sugerir tanto contextos e espacialidades quanto estados emocionais de seus personagens”, lembram os curadores. Esse ambiente pictórico coloca o visitante em deslocamento entre imagens que são em si mesmas sugestivas de movimento e acolhe uma pintura em grande escala (10 m de comprimento) que Tomie concebeu para a inauguração do Instituto e só agora volta a ser exibida.

Instituto Tomie Ohtake

88 Rua Coropé Pinheiros
São Paulo, São Paulo Brasil
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