Carregando Eventos

« Todos Eventos

  • Este evento já passou.

Zé Carlos Garcia na Marília Razuk

18 março, 2023 @ 10:00 6 maio, 2023 @ 19:00

A forte influência das alegorias das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro, a paisagem do Nordeste, o hibridismo de matrizes diversas e a sustentabilidade permeiam as obras do aracajuense Zé Carlos Garcia, que trabalhou como escultor por dezesseis anos no universo carnavalesco ao lado de personalidades como Joãosinho 30 e acaba de ganhar o Prêmio Arte Sustentável ARCOmadrid – atribuído pela Feira Internacional de Arte Contemporânea de Madrid. Zé Carlos é também um dos artistas selecionados para a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil, edição comemorativa dos 40 anos do festival, com o tema A memória é uma ilha de edição, a ser inaugurada em outubro deste ano, no Sesc 24 de Maio. A exposição Escultura Cega, em cartaz na Galeria Marilia Razuk (que no ano passado completou 30 anos de atuação no mercado), apresenta trabalhos inéditos do artista, com madeira oriunda de poda urbana, fragmentos de mobiliários antigos e manejo florestal, além de materiais como penas e pedras. O trabalho de Zé Carlos é resultado de um amálgama cultural, da mestiçagem de povos que forjam o que temos por Brasil. Seus objetos e traços remetem a elementos da religiosidade de matriz africana, à cultura indígena e ao colonial português – como os desenhos entalhados em Chorando Pitangas – , esse último, um verdadeiro alfabeto urbano, presente nos ornamentos das casas do sertão nordestino, ou em cenários que podem servir de suportes de pichações nas grandes cidades. Referências como o caranguejo, típico da feira do mercado municipal, nos bares e restaurantes e em representações de Aracaju, capital de Sergipe, também são vistas nas obras, assim como formas e demais elementos que remetem à região. “A obra do Zé é um hibridismo de matrizes diversas, e não só culturais. Hibridismo entre o barroco e a cultura vernacular de artesãos, ou entre ancestralidades africanas e indígenas. Existem ali também cruzamentos de outras sorte, entre animais e objetos, quando vemos esculturas de madeira cujas partes lembram aves, ovos, trazem penas e, ao mesmo tempo, têm pés de mobiliário moderno. Ele preserva mistérios e ambiguidades, provoca dúvidas, mostra-se sintético, simples – principalmente as peças de parede que estarão nesta próxima exposição -, cheio de elementos ‘incompletos’ e, nisso, meio silencioso também”, analisa José Augusto Ribeiro, Diretor de Projetos Especiais da Galeria Marilia Razuk. 

Marília Razuk

131 R. Jerônimo da Veiga Itaim Bibi
São Paulo, São Paulo Brasil
+ Google Map
Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support