Fernanda Galvão

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Fernanda Galvão é artista plástica formada em artes visuais na FAAP. Seus primeiros trabalhos, como os vistos na série “Contorno” (2015) ou na série “Éden” (2016), fundam-se na pintura em óleo sobre tela. As composições fluidas ocupam um lugar intermediário entre abstração, paisagem e figuração corpórea – essa última evocada ora pelas curvas linhas, ora pelos títulos que emprestavam nomes de pessoas. O uso de cores de uma gama vermelha, rosa, púrpura e azul também suscitava a intersecção entre paisagem e corpo, muitas vezes despertando a memória da carne.

A carne, inclusive, aparece alegoricamente em outras obras, como a pintura “Gabriel” (2016), feita sobre couro, ou na série “Anatomia” (2016-17): pinturas feitas sobre páginas de um livro escolar sobre o corpo humano – os pedaços escolhidos, rearranjados de sua ordem original, sofreram profundas e violentas intervenções pictóricas, sangrando para fora a visceralidade que a frieza científica da fisiologia tenta esconder e apagar. A organicidade (ou aparência dela) informa também trabalhos como “Zé Pelin” (2016). Neste caso, no entanto, o interesse da artista volta-se a uma espécie de quimera futurística que mistura o reino dos fungos à artificialidade da pelúcia cor-de-rosa. Sua produção mais recente, inclusive, lança mão com frequência desse material tão comum em brinquedos e fantasias, deslocando-o para contextos estranhos e inusuais. ​”Peluda” (2018), por exemplo, traz uma cadeira inteiramente coberta por perucas rosas, enquanto “Fluffy” (2018) é composto por uma longa linha fixada na parede e revestida por uma pelúcia do tom “Rosa Antigo”, lembrando um rabo de animal ou um adereço kitsch.

Fernanda Galvão (São Paulo, 1994). É bacharel em Artes Visuais pela FAAP (2016). Participou de exposições como: “28a Mostra de Arte da Juventude”, SESC Ribeirão Preto; “15a edição do Programa Exposições 2017”, Museu de Arte de Ribeirão Preto; “Para onde iria, se pudesse ir”, Museu de Arte Brasileira, São Paulo; “Entre o céu e o mar”, Picta Escritório de Arte, Joinville; “47a Anual de Artes da FAAP”, São Paulo.  Além de sua produção visual, Galvão trabalha com direção de arte em cinema e propaganda, realizando também produção de objetos e de figurino.

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