Laurence des Cars será primeira mulher a assumir o cargo de diretora-presidente do Louvre

A atual presidente do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, foi nomeada por Emmanuel Macron para dirigir o Louvre; ela começará no novo cargo, histórico, em setembro

Tempo de leitura estimado: 2 minutos
Ela foi nomeada pelo presidente francês nesta semana. FOTO: Sophie Boegly

Pela primeira vez na História, desde que foi criado em 1793, há 228 anos, o Louvre terá uma mulher como diretora-presidente. A novidade foi anunciada na última quarta-feira, 26 de maio, quando o presidente francês Emmanuel Macron nomeou Laurence des Cars, atual presidente do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, para o cargo.

Depois de 8 anos como diretor, Jean-Luc Martinez deixará o posto no dia 1º de setembro para que Laurence assuma. Desde o meio de abril, ele foi designado diretor interino pelo governo, enquanto não era ainda decidido quem ficaria com o cargo, acendendo rumores de que ele continuaria como diretor, já que ele tinha apoio da ministra da Cultura, Roselyne Bachelot-Narquin.

Em um comunicado oficial, o Ministério da Cultura pontuou que a nova diretora terá como missão “reafirmar a vocação universal do primeiro museu do mundo baseando-se no diálogo entre a arte antiga e o mundo contemporâneo”. Na primeira entrevista que deu após o anúncio, para a rádio France Inter, Laurence defendeu que o Louvre pode ser “completamente contemporâneo” e completou dizendo que o museu precisa de perspectivas para sair da crise que tem desestabilizado o setor cultural.

Historiadora de arte e curador geral de patrimônio, Laurence estudou na Universidade Paris-Sorbonne e na École du Louvre, onde atuou também como professora. E não é a primeira vez que ela trabalha com o museu do Louvre, tendo organizado diversas exposições para a instituição ao longo dos anos. Ela tem especialização em arte do século XIX e do início do século XX.

No Musée d’Orsay, ela se tornou curadora em 1994, sendo apontada como diretora em 2017. O mesmo caminho foi seguido no Musee de l’Orangerie, assumiu como curadora-geral em 2011, vindo a ser diretora em 2014.

Ela é bastante conhecida por ter um posicionamento favorável à devolução de obras de arte que foram roubadas pelos nazistas a seus donos originais. Inclusive, teve papel crucial em decisão realizada em março que irá devolver a obra Rosiers sous les Arbres, de Gustav Klimt, aos herdeiros de sua proprietária, de quem foi roubada por nazistas em 1938. A tela estava no Musée d’Orsay desde 1980, quando foi comprada pela instituição, sem saber de seus antecedentes. Era o único trabalho de Klimt no acervo.


Page Reader Press Enter to Read Page Content Out Loud Press Enter to Pause or Restart Reading Page Content Out Loud Press Enter to Stop Reading Page Content Out Loud Screen Reader Support