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“Carmézia Emiliano e a vida macuxi na floresta” no Museu do Pontal

13 abril @ 10:00 4 agosto @ 18:00

Carmézia Emiliano, Araras [detalhe], 2018. Foto: Roumen Koynov

A vida e a cultura do povo Macuxi, além da paisagem natural de Roraima, são as grandes fontes de inspiração da artista indígena Carmézia Emiliano, que, nos últimos anos, vem firmando o seu nome no cenário das artes visuais do País. No dia 13 de abril, o Museu do Pontal inaugura a sua primeira individual no Rio de Janeiro, Carmézia Emiliano e a vida macuxi na floresta. Com curadoria dos diretores do museu, Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, a mostra reúne 21 pinturas (em tinta óleo e acrílica). A exposição, que segue em cartaz até agosto, integra a programação do segundo Festival das Culturas Indígenas no Museu do Pontal, que acontecerá nos dias 13 e 14 de abril, com entrada gratuita.

– Retrato minhas memórias. Não copio de outros. Tiro os desenhos da minha lembrança, dos lugares que fui e das histórias que vi. Retrato as comidas, as danças, bebidas, como fazíamos as redes, o trabalho com a mandioca. A arte para mim é minha vida, minha identidade – afirma Carmézia.

Autodidata, Carmézia Emiliano (Normandia, Roraima, 1960) começou a pintar em 1992, utilizando tintas naturais, feitas de ingredientes como folha de algodão roxo, pimenta e jenipapo.  Não parou mais e, aos poucos, foi experimentando novos materiais e aprendendo com a prática. Sua trajetória de vida marca a sua arte, que funciona também como uma forma de propagar sua origem e cultura. O dia a dia dos indígenas, a rotina na maloca, os mistérios do Lago Caracaraña, a diversidade dos animais estão entre os elementos presentes em suas pinturas.

Segundo Denilson Baniwa, “A obra de Carmézia Emiliano é, antes de tudo, um convite a conhecer o território Macuxi, assim como parte das complexidades da vida da artista, que escolheu a arte como forma de levar-nos ao interior da Maloca do Japó, em Roraima.”

Nascida na comunidade do Japó, terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, a artista passou a viver em Boa Vista, a partir dos 29 anos. Sua primeira exposição aconteceu em 1996, no Sesc Boa Vista. Mas, a partir dos anos 2020, sua pintura ultrapassou rótulos e fronteiras. Em 2023, contou com uma individual no Masp e participou da 35ª Bienal de Artes de São Paulo e da primeira Bienal das Amazônias.

– Eu fico muito feliz em ver minhas obras em exposição. Nunca imaginei que isso fosse acontecer. Estou mostrando a cultura macuxi para as pessoas – afirma Carmézia.

Carmézia vem pela primeira vez ao Rio de Janeiro, especialmente para a abertura da exposição, e faz planos de visitar o mar.

– Além dessa importante mostra, que contará com uma grande variedade de obras e com um documentário sobre sua trajetória, durante o festival faremos um bate-papo com a artista e uma vivência de pintura aberta ao público – explicam Angela Mascelani e Lucas Van de Beuque, curadores da mostra e diretores do Museu do Pontal.

Museu do Pontal

3300 Av. Célia Ribeiro da Silva Mendes Barra da Tijuca
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro Brasil
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