Exposição mostra um Líbano conturbado mesmo antes de explosões

O Líbano já estava ebulição antes das explosões que se aconteceram no início de agosto. Os problemas sociais, políticos e econômicos que o país vem enfrentando nos últimos anos causou uma sensação de muita incerteza na população, deixando as pessoas frustradas e desesperançosas. Desta forma, desde julho a galeria do Middle East Institute, localizado em Washington D.C., nos Estados Unidos, realiza uma exposição virtual que busca dar foco à produção fotográfica que registrou nos últimos 15 anos “alguns dos vertiginosos desenvolvimentos sociais, políticos e econômicos que marcaram o Líbano”.

Intitulada Lebanon Then and Now: Photography from 2006 to 2020, a mostra no site da instituição é um compilado muito especial de outras duas exposições que ocorreram no espaço físico da galeria em 2019. Lebanon: Between Reality and Fiction e Revolt, que tiveram respectivamente a curadoria de Hanna Boghanim e Chantale Fahmi (curadora da exposição atual), são as mostras originárias que buscavam fomentar uma reflexão sobre a historiografia do país, colocando face a face o passado e o presente para incentivar compreensões de como a realidade de hoje pode ter relações com ocorrências históricas na região.

Na mostra que fica no site do MEI até dia 25 de setembro, 17 fotógrafos tem seus trabalhos apresentados em um viewing room especial. São 50 fotografias capturadas por Lamia Maria Abillama, Pierre Aboujaoude, Vladimir Antaki, Hussein Beydoun, Myriam Boulos, İeva Saudargaite Douaihi, Blanche Eid, Maria Kassab, Dalia Khamissy, Jana Khoury, Emilie Madi, Vicky Mokbel, Elias Moubarak, Tanino Musso, Badr Safadi, Jack Seikaly, Omar Sfeir e Marwan Tahtah.

“A exposição conta a história da calmaria conturbada que pressagiou a atual tempestade no Líbano e da luta por mais justiça social e democracia que continua até hoje à sombra da pandemia de Covid-19”, diz o texto de introdução da mostra. Desta forma, ela é crucial para entender como o país estava mesmo antes dos acontecimentos de agosto.

A galeria do Middle East Institute foi inaugurada há um ano, em setembro de 2019, tendo como objetivo apresentar a arte contemporânea considerando toda uma região que se estende do Marrocos ao Afeganistão, celebrando a criatividade e “a energia do Oriente Médio em uma cidade que normalmente vê a região por meio de uma lente de segurança”.

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