Confira 13 artistas que representaram “o beijo”

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Saudades do carnaval? Nós também. Para deixar suas lembranças num tom artsy, selecionamos 13 obras em que o protagonista é o beijo. Os artistas mencionados abaixo retratam amores improváveis e impossíveis; amores delicados e avassaladores; amores comuns e únicos; amores que se repelem ou que se completam. Lista boa para compartilhar!

Marc Chagall

1.Marc Chagall

Um amor intenso, pede um beijo arrebatador. Marc Chagall e sua esposa Bella flutuam alegremente em um estado de felicidade romântica enquanto se beijam para comemorar seu aniversário de casamento. Pintado logo após seu retorno de Paris à Rússia para levar Bella como sua noiva, The Birthday, está na coleção do MoMA, mostra que o artista estava disposto a voltar atrás para encontrar seu amor.

Auguste Rodin

2.Auguste Rodin

O beijo em mármore tornou-se uma das esculturas mais famosas de Auguste Rodin. Trata-se de uma aristocrata italiana do século 13, Francesca da Rimini, que se apaixonou pelo irmão mais novo de seu marido, Paolo. De acordo com a história de Inferno de Dante, quando o romance foi descoberto, o marido matou ambos antes que o amor deles fosse consumado. Por isso, na escultura, os lábios dos amantes nunca se tocam. Dizem as más línguas que o artista inspirou-se também nos delírios amorosos vividos com Camille Claudel, sua assistente. A obra em mármore pode ser vista, hoje, no museu do artista em Paris.

Maria Martins

3.Maria Martins

E por falar em beijos que só ficam no desejo, vale lembrar de O Impossível, escultura de bronze de Maria Martins. Amante de Marcel Duchamp, ela retrata impossibilidade do seu encontro amoroso, a incompletude de cada sujeito surreal em sua radicalidade e em seu imponderável. As garras ao mesmo tempo que buscam um encontro sexual, o tornam improvável evitando o contato físico apesar do inegável desejo!

René Magritte

4.René Magritte

Mais uma história de um encontro impossível. Um dos principais surrealistas, René Magritte pinta, em 1928, o mais misterioso beijo da história da arte. A pintura The Lovers é composta por amantes velados se abraçam, mas são incapazes de expressar completamente seu amor por causa das roupas mortíferas que cobrem suas cabeças – mantendo-os para sempre separados.

Constantin Brancusi

5.Constantin Brancusi

O mais conhecido beijo da história da arte foi esculpido pelo franco-romeno Constantin Brancusi: a obra oferece uma interpretação simbólica de um corpo masculino e um feminino se fundindo em um – o oposto da retórica de Maria Martins. Envolto em um abraço apertado e unido na boca e nos olhos, o casal se torna um, como costumam fazer os amantes da vida real.

Pablo Picasso

6.Pablo Picasso

O tema do casal, onipresente ao longo da carreira de Picasso, tornou-se praticamente uma obsessão no final de sua vida. Não à toa, e The kiss, pintado em 1969, um amante aparece devorando o outro em um abraço lascivo. Amantes excitados tornam-se um só. Picasso não hesita em deformar os rostos para aproximá-los: “Dos dois, ele faz apenas um, para expressar a fusão íntima que ocorre durante o ato de beijar”, explicou o artista. Os narizes se moldam em um contorno mútuo; as bocas se mordem; os olhos da mulher subiram pela testa, inclinada para trás. Esse romance vai muito além do carnaval!

Man Ray

7.Man Ray

O misterioso beijo do fotógrafo surrealista, criado em 1922 sem câmera, mostra um casal se beijando, as mãos sobrepostas no rosto e as bandejas da câmara escura – todas presas em sombras fantasmagóricas. O retrato fascinante das ocorrências do acaso, feito a partir de sucessivas impressões em um pedaço de papel fotográfico, ilustra uma das máximas mais citadas pelo artista: “Eu não fotografo a natureza. Eu fotografo minhas visões.

Roy Lichtenstein

8.Roy Lichtenstein

Um dos mais notáveis nomes da pop arte americana, Lichtenstein é reconhecido por valorizar os cliches das histórias em quadrinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa. Entre as cenas que ele escolheu retratar, está uma série de beijos que podem até aparecer com lágrimas e uma certa dose de drama.
Não se sabe se Kiss trata-se de uma despedida dolorosa, mas está evidente no beijo que eles estão muito apaixonados.

Gustav Klimt

9.Gustav Klimt

A obra-prima erótica de Gustav Klimt, Der Kuss, criada entre 1907 e 1908, pertence ao período designado de fase dourada da criação do autor e é representada por sinais característicos biológicos e psicológicos do sexo. A masculinidade fica clara quando ele coloca o homem com pescoço forte impondo o movimento. É ele que, no abraço, segura a cabeça da mulher e vira-a a fim de beijá-la. A mulher, ao contrário, é representada de forma passiva – ajoelhada em frente ao homem – num gesto claro de subordinação. Pouco apropriado, especialmente para os tempos de hoje.

Henri de Toulouse-Lautrec

10.Henri de Toulouse-Lautrec

Em Dans le lit, le baiser, pintada em 1892, Toulouse-Lautrec captura duas prostitutas se beijando. O pintor já havia reproduzido outras cenas amorosas na cama, mas supostamente teve mais interesse pelo amor lésbico. Dizem que ele declarou que esta cena era a melhor de todas, “o próprio epítome do prazer sensual”.

Rubens Gerchman

11. Rubens Gerchman

O brasileiro Rubens Gerchman criou diferentes situações para os pombinhos apaixonados! Na célebre escultura, as duas figuras se apoiam e equilibram no beijo, mas sucesso mesmo são os amassos que atrás do carro! Um dos representantes da pop arte brasileira e do movimento de retorno da figuração, Gerchman pintava cenas urbanas e símbolos, cenas e personagens da cultura popular. Os beijos no banco de trás do carro surgiram nesse contexto. Afinal, quem nunca?

Erika Verzutti

12. Erika Verzutti

Inspirada pelo próprio Beijo de Brancusi, a escultora brasileira Erika Verzutti fez a sua versão da já clássica cena amorosa do mundo das artes! Conhecida por criar obras sensuais inspiradas em por formas e volumes da natureza – sejam animais, frutas ou legumes -, feitas de bronze, cerâmica, cimento e papel machê. Erika criou um beijo entre um rabanete e um pimentão, sobre formas mais clássicas, para a companhia de ceramica portuguesa Bordallo Pinheiro.

Tino Sehgal

13.Tino Sehgal

Conhecido por “construir situações” nos corredores dos museus, o artista alemão criou uma ação em na qual performers interpretam todos os beijos da história da arte. Além dos nomes citados acima, Kiss faz também referência também aos beijos criados por Gustave Courbet e Jeff Koons ( que por sua vez já havia citado Rodin e sua escultura The Kiss): é arte devorando ela mesma e com amor. Um beijo e tanto!

Rubens Gerchman
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