Di Cavalcanti tem exposição inédita inaugurada no Instituto Tomie Ohtake

Na proximidade das comemorações do centenário da Semana de 22, um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro tem mostra que foca em seus murais e paineis

Um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro, o carioca Emiliano Di Cavalcanti ganha uma exposição individual no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a partir desta quarta-feira, 2 de junho. A mostra, intitulada Di Cavalcanti: Muralista, tem curadoria de Ivo Mesquita e vai revisitar um ponto específico da trajetória do pintor da ilustre tela Samba: sua produção de murais e painéis.

São apresentados 23 trabalhos, que têm uma montagem em ordem cronológica no espaço expositivo, abarcando 50 anos de sua produção, divididos em dois núcleos: de 1925 a 1950 e de 1950 a 1976. Esses trabalhos mostram como o artista foi desenvolvendo a figuração, estratégias de composição e formas.

Dentre as temáticas das obras apresentadas, estão vários pontos pelos quais o artista que era entusiasta das questões populares é conhecido. “Sejam esses murais paisagens com mulheres, pescadores, operários, malandros ou candangos, em situação de festa ou trabalho, transmitem sempre certa leveza em levar a vida, a despeito da realidade social que evocam. É o artista inserido no coletivo, reconhecendo-se como parte dele. Di Cavalcanti foi um grande vocal da gente das ruas, dos mercadores e trabalhadores urbanos – incluindo as prostitutas –, de suas famílias, pequenas alegrias, afetos, tragédias e desejos”, explica o curador.

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