arteBA tem edição especial em plataforma digital

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Uma das feiras de mais expressão na América Latina, a arteBA ocorreria entre os dias 16 e 19 abril deste ano no La Rural, edifício na capital argentina utilizado para feiras e eventos. Com a confirmação pela OMS de que a questão do COVID-19 se tratava de uma pandemia, a feira suspendeu sua edição física e, nesta semana, anunciou uma edição especial que ocorre na plataforma Artsy.

O site já funcionava como uma plataforma complementar da feira nos últimos anos. Esta edição online da arteBA ocorre durante todo o mês de abril, se estendendo até o dia 30.

Abaixo, selecionamos obras de galerias que participam da feira no Artsy.

Com mais de 50 anos de estrada, a editora de gravuras catalã Polígrafa Obra Gráfica é uma das mais importantes do mundo. Sua participação em feiras é sempre comemorada pelos amantes da gravura, que podem entrar em contato com edições raríssimas de artistas do mundo todo. Nesta arteBA especial na Artsy, a Polígrafa apresenta uma seleção especial de León Ferrari, artista argentino cujo centenário é comemorado em 2020. As peças mostram todo o potencial de Ferrari como exímio gravador e também explicitam as temáticas polêmicas com as quais trabalhou.

O artista teve exposição recente na Pinacoteca de São Paulo e terá uma de suas performances mais famosas inclusa na 34ª Bienal de São Paulo. Também existem mostras do artista programadas em outros lugares pelo mundo, como na própria Buenos Aires e em Madri, no Museu Reina Sofía. As datas, porém, podem sofrer mudanças de acordo com as orientações da OMS. No estande online da Polígrafa também estão impressões de Liliana Porter e Julio LeParc.

Mano Penalva, sem título, 2019

Entre as galerias brasileiras que participam desta edição online, a Central leva alguns dos trabalhos mais recentes de Mano Penalva. O artista baiano que reside e trabalha em São Paulo apresenta uma série de obras com faixas de nylon, tecido e metal que foram feitas em 2019. Os materiais utilizados pelo artista mostram os desenrolares de sua pesquisa que se baseia em um olhar antropológico sobre a formação cultural brasileira.

A galeria também expõe obras de Bruno Cançado e João Trevisan. Leia sobre a versão virtual da exposição de Trevisan na galeria aqui.

O Chile está muito bem representado no estande da galeria parisiense Mor Charpentier. As fotografias da artista Paz Errázuriz fazem parte de algumas de suas séries mais famosas, que retrataram grupos marginalizados em seu país de origem. Na foto acima, uma imagem da série Luchadores, que foi realizada entre 1988 e 1991. Esse trabalho de retratou a vida que estaria por trás das máscaras dos lutadores de wrestling.

As obras de Voluspa Jarpa falam muito sobre sua pesquisa no geral em torno de arquivos históricos pelo mundo, que trazem questionamentos sobre a representação de momentos de tensão, especialmente no que diz respeito às operações de segurança nacional. Em False Flag, ela trabalha essa questão usando como ponto de partida o conceito de “operações de bandeira falsa”, tipos de ações conduzidas pelos governos para fazer parecer feitas pelo inimigo em tempos de conflitos.

Feliciano Centurión, "Tigres", 1993.
Feliciano Centurión, “Tigres”, 1993.

A obra do pintor paraguaio Feliciano Centurión no estande da argentina WaldenGallery vai de encontro ao que foi apresentado sobre a trajetória do artista na última Bienal de São Paulo, que mostrou como ele trabalhou pontos referentes à arte folclórica da América Latina nos anos 90, em tecido. Os tigres indo de encontro um ao outro demonstram uma afetividade ardente e feroz na obra do artista, assim como uma sensualidade.

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