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Aos poucos alguns museus do mundo começam a reabrir. Primeiro foi a Europa e agora algumas instituições das cidades mais importantes dos EUA tomam coragem para receber o público. Boston é uma delas – mas com muita precaução! Se você pretende viajar para a região nos próximos meses, pegue papel e caneta para anotar o que há de melhor na cidade universitária que respira muita arte. Dos nomes mais clássicos aos criativos que pensam o futuro da estética e política na arte, tem para todos os gostos.
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Adam Pendleton no Isabella Stewart Gardner Museum
O museu criado a partir da coleção de Isabella Stewart Gardner e Jack Gardner já vale pela arquitetura: para construir o edifício, o casal viajou por Veneza, Florença e Roma para reunir fragmentos arquitetônicos para a futura galeria. Eles compraram colunas, janelas e portas para adornar todos os andares, bem como relevos, balaustradas, capitéis e estátuas dos períodos romano, bizantino, gótico e renascentista. Mas a coleção permanente também vale a visita – lá você poderá ver, por exemplo, um autorretrato de Rembrandt, que Isabela comprou aos 23 anos. O museu reabriu com uma mostra de Adam Pendleton, artista que pesquisa as relações entre abstração (geométrica), negritude e linguagens da coletividade. Três formas básicas – quadrado, triângulo e círculo – são os refrões nesta instalação do tamanho de uma sala. Pendleton é conhecido pelo o artista chama de “Black Dada”, uma articulação crítica de negritude, abstração e vanguarda.
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Joana Vasconcelos no MassArt Museum
Mais recente museu a abrir na cidade, o MassArt Art Museum é um must go para qualquer art lover que ama uma novidade. O programa reabriu com uma exposição com hipnotizantes instalações idealizadas pela artista portuguesa Joana Vasconcelos especialmente para o novo espaço. Em sua primeira mostra nos EUA, Vasconcelos homenageia Elizabeth “Mumbet” Freeman, uma mulher escravizada cuja batalha judicial por sua liberdade em 1781 ajudou a tornar a escravidão ilegal em Massachusetts. Vale visitar, ainda, a exposição coletiva Game Changers com artistas que trabalham na confluência de arte contemporânea e videogames. Seja destacando narrativas pouco exploradas, ultrapassando fronteiras tecnológicas ou imaginando mundos alternativos por meio da estética de jogos, os artistas apresentados em Game Changers estão descobrindo novas possibilidades para o que a arte relacionada a jogos pode ser e fazer.
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Sterling Ruby noThe Institute of Contemporary Art
O museu que nasceu em parceria com o MoMA, mas já ganhou força para ser independente, abriu as salas com uma mostra que reúne 70 obras de Sterling Ruby. Abrangendo mais de duas décadas de carreira do artista, a exposição examina as origens e o desenvolvimento de sua prática, que vão desde desenhos e esculturas menos conhecidos até suas cerâmicas e pinturas renomadas. Desde seus primeiros trabalhos, Ruby investigou o papel do artista como um outsider. Criticando as estruturas do modernismo e das instituições tradicionais, o artista aborda as bases reprimidas da cultura dos EUA e a codificação do poder e da violência.Fique de olho: o museu abrirá, na semana que vem, uma mostra do islandês Ragnar Kjartansson e, em novembro, será possível conferir obras do sul africano William Kentridge.
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Black Histories, Black Futures no Museum of Fine Arts Boston
A partir do dia 26 deste mês o Museum of Fine Arts Boston reabre com a mostra Black Histories, Black Futures. Com curadoria de jovens acadêmicos como parte da nova parceria do MFA com organizações locais de capacitação de jovens, a mostra concentra-se em obras de artistas negros do século 20. Programada para a celebração do 150º aniversário do MFA em 2020, a exposição cria um espaço para explorar e promover histórias, experiências e autorrepresentações negras. Black Histories, Black Futures inclui obras de artistas conhecidos como Archibald Motley, Norman Lewis, James Van Der Zee, Gordon Parks e Dawoud Bey e traz uma nova atenção aos artistas com conexões com Boston.
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Harvard Art Museums
Harvard Art Museums são a combinação dos museus Busch-Reisinger, Fogg e Arthur M. Sackler, antes separados, tornando-se uma experiência bastante eclética. O museu de cerca de 19 mil metros quadrados – projetado pelo premiado arquiteto Renzo Piano – é impressionante, com um telhado em forma de pirâmide e tetos de vidro. Ele se estende por sete níveis e abriga 250.000 peças – ou seja: é preciso algumas visitas para conhecer apenas o acervo. Por isso, independente da mostra temporária apresentada, sempre indicamos dedicar algumas horas nas salas do museu. As obras em exibição incluem pinturas, esculturas e artes decorativas americanas e europeias, representando desde os expressionistas alemães, materiais relacionados à Bauhaus e arte contemporânea do pós-guerra da Europa ( não se impressione se você encontrar pinturas impressionistas, incluindo obras de Claude Monet).
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