Museu Imagens do Inconsciente celebra três artistas no mês da luta antimanicomial

Recorte apresentado na exposição foca na produção de Fernando Diniz, Adelina Gomes e Octávio Ignácio, que frequentaram atividades propostas pela psiquiatra Nise da Silveira

Adelina Gomes. Óleo e guache sobre papel / oil and gouache on paper, 1970

No mês de maio, considerado o mês da luta antimanicomial e no qual temos a Semana dos Museus, o Museu de Imagens do Inconsciente (MII) realiza a exposição virtual Três Artistas de Engenho de Dentro. A mostra disponível no site do museu reúne um recorte de obras de Adelina Gomes, Fernando Diniz e Octávio Ignácio, três artistas que frequentaram atividades propostas pela psiquiatra Nise da Silveira, que utilizou a arte-educação para tratamento terapêutico da Saúde Mental.

A exposição traz uma seleção de 90 obras desses artistas, sendo 30 de cada um, sob curadoria de Marco Antonio Teobaldo, Luiz Carlos Mello e Eurípedes Gomes da Cruz Júnior, e é realizada pela Sociedade Amigos do Museu de Imagens do Inconsciente (SAMII), que foi concebida em 1974 com o intuito de promover tanto as iniciativas científicas quanto as iniciativas culturais do MII.

Obra de Fernando Diniz datada de 1969

Pensada para figurar na plataforma digital por longa duração, a mostra é bilíngue (português e inglês), com o objetivo de para ampliar o acesso ao acervo do museu, que é uma referência mundial na área de arte e terapia. Fundado por Nise da Silveira em 1952, no bairro Engenho de Dentro, o MII possui em seu acervo cerca de 400 mil obras, sendo elas resultantes da produção realizada pelos pacientes psiquiátricos que frequentaram os ateliês criados Dra. Nise na década de 40.

A mostra considera também a origem dos artistas participantes, tendo em vista que os três eram eram negros e tiveram origem humilde, mas cada um com suas particularidades tanto pessoa. De acordo com Marco Antonio Teobaldo, um dos curadores, esta exposição proporciona ao observador um mergulho em três universos distintos, que transitam entre feminino e masculino, sistemas e organização de imagens, cores saturadas e linhas. Impossível não se emocionar com tamanha beleza!”.

Octávio Ignácio, Grafite e lápis cera sobre papel / pencil and wax pencil on paper, 1979. 35,2 x 50,2 cm

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