O que são múltiplos e por que eles podem ser ótimos para iniciar a sua coleção?

Conheça o universo de obras de arte originais que podem ser mais acessíveis

Vista da Número Galeria via Instagram da galeria.

Há diversas formas de se iniciar uma coleção com um orçamento mais baixo, como por exemplo investindo em jovens artistas promissores. Mas se você é encantado pela produção de um determinado artista renomado, adquirir seu múltiplo pode ser uma boa opção. A criação deste formato de arte, por volta da década de 1960, trouxe a possibilidade da compra de obras de arte para um público mais amplo.

Mas múltiplos não são apenas para iniciantes, muito pelo contrário, são obras originais que, ainda que seriadas, têm seu valor exclusivo – e, em alguns casos, podem ter valores mais salgados. De qualquer forma, como na compra de qualquer obra de arte, o importante é se conectar com o trabalho!

Por isso, trouxemos aqui um guia para responder suas principais dúvidas sobre o assunto e te auxiliar nessa jornada.

Obra “A-B-Amor” (2023) de Ernesto Neto. Divulgação MAM-Rio

O que é um múltiplo?
São obras de arte idênticas, produzidas em série ou edições, em oposição a uma obra de arte única. Essas podem ser produzidas de várias maneiras, incluindo técnicas de impressão, como gravura, litografia, serigrafia, xilogravura e fotografia, entre outras.

Os múltiplos são considerados originais?
Diferente de uma falsificação ou uma simples cópia, os múltiplos não possuem uma peça original, mas sim uma série de exemplares, numerados e assinados pelo artista, que carregam individualmente o conceito que o artista quer propagar.

Quais as vantagens de se adquirir um múltiplo?
A criação seriada traz a possibilidade de um preço mais acessível a um público amplo. Além do mais, como já falamos aqui, a multiplicidade destas obras não negam seu valor conceitual exclusivo e originalidade.

Múltiplo “Miração”(2023) de Regina Parra

Onde adquirir um múltiplo?
Aqui vão algumas recomendações para você ficar de olho nos próximos dias.

  1. Carbono Galeria, em São Paulo
    A galeria, que trabalha exclusivamente com edições de arte contemporânea, lançou recentemente a obra “Miração”, da artista Regina Parra, criada exclusivamente para a galeria.
  2. ArtRio, no Rio de Janeiro
    A feira, que abre hoje a sua 13ª edição, sempre apresenta obras de arte nas mais variadas linguagens, incluindo múltiplos, sendo vendidas pelas galerias. Mas vale aqui destacar o lançamento da obra de 30 edições “A-B-Amor”, de Ernesto Neto, criada em celebração aos 75 anos do Museu de Arte Moderna do Rio. O valor da venda dos 30 exemplares será revertido para os projetos de educação do museu.
  3. Número Galeria, em Recife
    O espaço recém-chegado ao circuito artístico, inaugurado ano passado, é dedicado à venda exclusivamente de múltiplos e séries. Atualmente, a galeria já conta com obras de grandes nomes da cena, como Paulo Bruscky, Jonathas de Andrade e Lourival Cuquinha.
  4. Inhotim, em Brumadinho
    O programa Múltiplos Inhotim, criado em 2019, apresenta atualmente o trabalho de seis artistas contemporâneos: Arjan Martins, Laura Vinci, Marcius Galan, Panmela Castro, Monica Ventura e Rommulo Conceição. O valor das vendas é inteiramente revertido para a manutenção do Inhotim.
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