Marina Abramović a Kandinsky: seis exposições em cartaz em Nova York

Arte performática, uma instalação mofada ou clássicos da pintura, Nova York oferece exposições para todos sos gostos

Tempo de leitura estimado: 4 minutos
Lion (Body) I. Awol Erikzu, 2022.
Lion (Body) I. Awol Erikzu, 2022.

Awol Erizku: Memories of a Lost Sphynx, na Galeria Gagosian

Até 16 de abril de 2022

A Galeria Gagosian apresenta Memories of a Lost Sphynx, exibição de novos trabalhos de Awol Erizku. Instalada em um local de interior pintado de preto, um conjunto de seis fotografias em caixa de luz é acompanhado por uma escultura de mídias mistas representando a esfinge como um símbolo complexo, que atravessa culturas que vão perpassam e ultrapassam o Egito Antigo, a Grécia e as mitologias asiáticas. Organizado por Antwaun Sargent, Memories of a Lost Sphynx é a primeira exibição de Awol Erizku na galeria.

Rhytm 10. Marina Abramović, 1973.
Rhytm 10. Marina Abramović, 1973.

Marina Abramović: Sean Kelly Gallery

Até 16 de abril de 2022

A Sean Kelly Gallery apresenta a nona exibição de Marina Abramović no espaço, Performative. Apresentando quatro pontos de inflexão da carreira de Abramović, a galeria traz uma crônica tambo do desenvolvimento do início de sua carreira e quanto sua influência sobre a arte globalmente. O primeiro trabalho da artista exposto traz a icônica performance Rhythm 10, de 1973. Na performance, a artista move rapidamente 10 facas, uma de cada vez, nos vãos entre seus dedos, apoiados sobre um papel no chão. Com o tempo, como resultado de pequenas esbarradas e cortes, o papel vai ficando coberto pelo seu sangue. Também está contemplada a aclamada performance da artista no MoMA em 2010 – The Artist is Present, por meio de uma vídeoinstalação. Além disso, a galeria incluirá uma seleção dos “transitory objects” de Abramović, que poderão ser utilizados pelos visitantes da exposição. Em conjunto, a diversidade de obras expostas demonstram como a artista foi responsável por moldar a trajetória da arte performativa nas últimas cinco décadas, e como seu trabalho modificou a percepção e interação do público com esse tipo de meio artístico.

Vista da instalação Unnamed Entities. Daniel Lie, 2022.
Vista da instalação Unnamed Entities. Daniel Lie, 2022.

Daniel Lie: Unnamed Entities, no New Museum

Até 06 de maio de 2022

Unnamed Entities (2022) é uma exposição comissionada, criada expecialmente para a Lobby Gallery do museu, e incorpora vasos tradicionais de terracota, tecidos de juta uma nova comissão criada especificamente para a Galeria do Lobby do Museu, incorpora vasos tradicionais de terracota, tecido de juta e cânhamo, cordas de fibra natural, lama com esporos e sementes e flores cortadas. Os materiais evoluem ao longo da exposição à medida que apodrecem, criam mofo, brotam e mudam de forma e matiz de maneiras imprevisíveis. O artista compreende suas obras como entidades vivas dotadas de consciência e agência, e considera o processo de apodrecimento como uma forma de complexificar a oposição binária entre vida e morte. Com os olhos voltados para migração e estudos queer, o trabalho de Lie demonstra como o “abjeto” pode ser uma ferramenta de subversão e expansão. Sua prática celebra os ciclos naturais de transformação e as muitas trocas interdependentes que estruturam os ecossistemas.

Visão da instalação Vasily Kandinsky: Around the Circle, 2021.
Visão da instalação Vasily Kandinsky: Around the Circle, 2021.

Vasily Kandinsky: Around the Circle, no The Guggenheim Museum

Até 05 de setembro de 2022

O Museu Salomon R. Guggenheim traz a exposição Vasily Kandinsky: Around the Circle, com um olhar panorâmico sobre a vida e a obra do artista. Conhecido como grande inovador e teórico artístico, Kandinsky contribuiu para avanço das técnicas artísticas não representativas no início do século XX, com efeitos que se mostraram duradouros. A expografia traz as obras de Kandinsky em ordem cronológica reversa, dispostas na rampa espiral do Guggenheim. Dessa forma, o visitante começa a exposição vendo as últimas pinturas de Kandinsky de quando viveu na França, e sobe a rampa em direção ao seu passado, chegando até seus primeiros trabalhos, realizados em Munique.

«GBRÉ=GBLÉ» N. 118. Frédéric Bruly Bouabré, 1991.
«GBRÉ=GBLÉ» N. 118. Frédéric Bruly Bouabré, 1991.

Frédéric Bruly Bouabré: World Ubound, no MoMA

Até 13 de abril de 2022

A primeira exposição panorâmica da obra de Frédéric Bruly Bouabré, além de ser a primeira exposição no MoMA dedicada a um artista originário da Costa do Marfim, Frédéric Bruly Bouabré: World Unbound apresenta a imensa produção do artista desde os anos 70 até sua morte em 2014. Destaca-se o Alphabet Bété, invenção pelo artista do primeiro sistema de escrita para o povo Bété, grupo étnico da atual Costa do Marfim ao qual o artista pertencia. A exposição também conta com centenas de ilustrações em formato de cartões postais ilustradas em embalagens de papelão de produtos capilares, recuperados pelo artista em seu bairro em Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim.

Vista da instalação TheShe. Tomás Saraceno, 2022.
Vista da instalação TheShe. Tomás Saraceno, 2022.

Tomás Saraceno: Particular Matter(s), no The Shed

Particular Matter(s) é a maior exibição de Tomás Saraceno nos Estados Unidos até o presente momento, e busca celebrar a complexidade de nossa vida coletiva, ao mesmo tempo que procura por novas maneiras de coexistência. composta por uma exibição expansiva, bem como pela experiência sensorial comissionada Free the Air: How to hear the universe in a spider/web, uma instalação de mais de 28 metros de diâmetro que ocupa o espaço McCourt.

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