Venda coleção de arte de Paul Allen arrecada US$1.5 bilhão

De acordo com o desejo de Paul Allen, o valor arrecadado no leilão da Christie’s será doado para causas filantrópicas

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Christie’s leiloa obra de Paul Allen
Christie’s leiloa obra de Paul Allen

Obras de Paul Cézanne, Georges Seurat, Gustav Klimt e Vincent van Gogh foram vendidas por mais de US$ 100 milhões cada. Saiba mais sobre o marco na história da arte que foi feito nesta noite de quarta. 

Quem foi Paul Allen?

Paul Allen foi ninguém menos que o parceiro de Bill Gates e cofundador da Microsoft – a maior empresa de software do mundo. Empresário e filantropo estadunidense, Allen já foi considerado a 48ª pessoa mais rica do mundo e possui diversas empresas no ramo da tecnologia, informática e ciências.

Paul Allen e Bill Gates
Paul Allen e Bill Gates

E não para por aí: Paul também se tornou ao longo dos anos um assíduo colecionador e apoiador das artes. Além de manter uma coleção milionária, o empresário já doou mais de US$100 milhões de dólares, quase R$535 milhões de reais, para causas sociais com foco em arte. 

Marco Histórico na Christie’s

Mais de 50 peças entre pinturas e esculturas foram vendidas nesta quarta-feira. O leilão, que aconteceu no dia 09 de novembro na casa de leilões Christie’s, em Nova York, ficará para sempre marcado na história dos curadores e colecionadores de arte ao redor do mundo. A renda, entretanto, seguirá um caminho não óbvio de acordo com os desejos do falecido Allen: o valor da venda das suas obras será doado para causas filantrópicas. 

O total representou a maior quantia já arrecadada em um único leilão de arte, de acordo com a própria casa de leilões Christie’s em Nova York. Não só isso, vários dos lances vencedores quebraram recordes anteriores para artistas individuais e muitos, inclusive, excederam os valores estimados pela Christie’s.

Georges Seurat
Les Poseus, Ensemble, do artista pontilhista Georges Seurat
La Montagne Sainte-Victoire, de Cézanne

Entre as obras mais caras vendidas estava Les Poseus, Ensemble (versão Petite), do artista pontilhista Georges Seurat. A pintura, um óleo sobre tela de 1888, arrecadou US$149,2 milhões, cerca de R$797 milhões de reais.

A outra da lista é La Montagne Sainte-Victoire, de Cézanne, que foi vendida por US$137.8 milhões, quase R$737 milhões de reais, outro recorde para a casa de leilões. 

Large Interior, W11 (after Watteau) Lucian Freud
Large Interior, W11 (after Watteau), de Lucian Freud
Birch Forest, de Gustav Klimt
Birch Forest, de Gustav Klimt

Sob os holofotes de uma retrospectiva na Tate e depois de arrecadar valores notáveis nas últimas feiras e leilões, Lucian Freud também fez história. A venda de sua obra Large Interior, W11 (after Watteau) confirmou um novo recorde para o artista: US$86.2 milhões de dólares, quase R$459 milhões de reais.

Não obstante, uma pintura de Gustav Klimt, Birch Forest, estabeleceu a marca mais alta para uma obra de Klimt, vendida por US$104,6 milhões (quase R$600 milhões de reais).

Maternité II, de Paul Gauguin
Maternité II, de Paul Gauguin

Uma obra que gerou repercussão foi Maternité II, de Paul Gauguin. A pintura, vendida por três vezes o valor do último recorde do artista, arrecadou o valor de US$105.7 milhões, cerca de R$565 milhões de reais. 

Fato curioso sobre esse leilão histórico foi a venda da fotografia The Flatiron, feita por Edward Steichen. A foto que retrata o icônico edifício de mesmo nome em Nova Iorque, feita em 1904, recebeu o lance vencedor de US$12 milhões de dólares, cerca de R$64 milhões de reais, quatro vezes o valor estimado e o segundo maior alcançado por uma foto. 

The Flatiron, de Edward Steichen
The Flatiron, de Edward Steichen
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