Cao Guimarães e Manoela Medeiros juntos na Galeria Nara Roesler

Exposição “Arqueologias no presente” apresenta diálogo inusitado e interessante entre obras de Cao Guimarães e Manoela Medeiros

Manoela Medeiros
Detalhe de Maré subindo, 2021, de Manoela Medeiros

A Galeria Nara Roesler em São Paulo apresenta Arqueologias no presente, um diálogo entre as obras do mineiro Cao Guimarães e da carioca Manoela Medeiros. Com curadoria da galeria sob assessoria curatorial do venezuelano Luis Pérez-Oramas, a mostra apresenta a captação do acontecimento acidental na obra já referencial de Cao Guimarães e a exploração dos efeitos de duração sobre as materialidades artísticas de Manuela Medeiros.

Trabalhando com materiais de construção, a Manoela Medeiros investiga a ambivalência entre os atos de construir e destruir. Escavando superfícies, como por exemplo as paredes do espaço expositivo, ela traz à tona as diferentes cores e materiais que ali foram aplicados e que permaneciam esquecidos.  Um trabalho que visa refundar a experiência temporal ao expor, simultaneamente, as sucessivas camadas de uma edificação, cada qual portadora da memória do momento em que foi aplicada.

Manoela Medeiros
Continente, 2021, de Manoela Medeiros

Ao passo que Cao Guimarães constrói um inventário poético de momentos variados e visualmente marcantes da vida cotidiana, que expande a ideia e o vocabulário da forma documental. Por meio de um olhar atencioso e afetuoso, suas obras são estabelecidas no trânsito entre a película, a partir do uso de Super-8, o vídeo e a fotografia.

Cao Guimarães
Da série Úmido, 2015, de Cao Guimarães
Cao Guimarães
Da série Úmido, 2015, de Cao Guimarães

É neste sentido que, colidindo e coincidindo como formas poéticas de uma arqueologia no presente, os artistas criam uma conversação inusitada e ao mesmo interessante e contemporânea.

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