![Manoela Medeiros](https://www.artequeacontece.com.br/wp-content/uploads/2021/11/captura-de-tela-2021-11-26-as-103947.png)
A Galeria Nara Roesler em São Paulo apresenta Arqueologias no presente, um diálogo entre as obras do mineiro Cao Guimarães e da carioca Manoela Medeiros. Com curadoria da galeria sob assessoria curatorial do venezuelano Luis Pérez-Oramas, a mostra apresenta a captação do acontecimento acidental na obra já referencial de Cao Guimarães e a exploração dos efeitos de duração sobre as materialidades artísticas de Manuela Medeiros.
Trabalhando com materiais de construção, a Manoela Medeiros investiga a ambivalência entre os atos de construir e destruir. Escavando superfícies, como por exemplo as paredes do espaço expositivo, ela traz à tona as diferentes cores e materiais que ali foram aplicados e que permaneciam esquecidos. Um trabalho que visa refundar a experiência temporal ao expor, simultaneamente, as sucessivas camadas de uma edificação, cada qual portadora da memória do momento em que foi aplicada.
![Manoela Medeiros](https://www.artequeacontece.com.br/wp-content/uploads/2021/11/captura-de-tela-2021-11-26-as-103911.png)
Ao passo que Cao Guimarães constrói um inventário poético de momentos variados e visualmente marcantes da vida cotidiana, que expande a ideia e o vocabulário da forma documental. Por meio de um olhar atencioso e afetuoso, suas obras são estabelecidas no trânsito entre a película, a partir do uso de Super-8, o vídeo e a fotografia.
![Cao Guimarães](https://www.artequeacontece.com.br/wp-content/uploads/2021/11/captura-de-tela-2021-11-26-as-104006.png)
![Cao Guimarães](https://www.artequeacontece.com.br/wp-content/uploads/2021/11/captura-de-tela-2021-11-26-as-110443-1.png)
É neste sentido que, colidindo e coincidindo como formas poéticas de uma arqueologia no presente, os artistas criam uma conversação inusitada e ao mesmo interessante e contemporânea.