Dirigido por Quentin Dupieux, mais um filme sobre Salvador Dalí é estreado

O filme francês“Daaaaaali!” captura a essência do grande mestre do movimento surrealista em um filme de comédia

Tempo de leitura estimado: 2 minutos
Jonathan Cohen como Dalí em Daaaaaali!
Jonathan Cohen em Daaaaaali!

Depois do lançamento de “Daliland” em 2022, mais um filme sobre o surrealista Salvador Dalí chega ao cinema. Sem previsão de lançamento no Brasil, “Daaaaaali!” é uma comédia, escrita e dirigida por Quentin Dupieux, que estreou fora de competição no 80º Festival Internacional de Cinema de Veneza de 2023, e foi lançado nos cinemas internacionais em 7 de fevereiro de deste ano.

Dupieux se afasta das revisões contemporâneas, que apontam críticas à postura de glorificação ao fascismo e obsessão por Hitler do mestre surrealista, além das suas frequentes objetificações dos corpos femininos em suas obras, e faz do filme “uma declaração de amor a esse homem”. Segundo ele, “como o próprio Dalí disse, a sua personalidade foi provavelmente a sua maior obra-prima. Meu filme conta modestamente essa história.” 

Ambientado aparentemente no início dos anos 80, o filme francês retrata uma jovem jornalista, Judith (Anaïs Demoustier), que encontra-se repetidamente com Dalí (Édouard Baer) para um projeto de documentário que nunca começa a ser filmado. Como ela explica para a câmera no início, ela ainda está se firmando em sua profissão e espera nervosamente em um quarto de hotel a chegada do grande homem.

A vaidade caprichosa de Dalí parece prestes a virar o projeto de Judith. Enquanto isso, o artista e sua esposa Gala (Catherine Schaub Abkarian) são convidados para um jantar um tanto horrível por um padre (Eric Naggar) que insiste em contar um sonho banal, na esperança de arrancar de seu convidado uma obra de arte vendável. É aqui que o filme se transforma numa estrutura delirante e – no estilo característico de atrair o público de Dupieux.

Em suma, pode-se dizer que “Daaaaaali!” é menos sobre o próprio artista e mais sobre a dificuldade de capturar sua essência inconstante. As críticas têm elogiado o tom divertido e onírico proposto por Dupieux, bem como a trilha sonora de Thomas Bangalter, do Daft Punk.

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